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Cerimônia relembra aniversário de combate histórico em SC

No dia 16 de outubro de 1930, ocorreu um violento combate entre forcas catarinenses e uma coluna revolucionária gaúcha que avançava do Sul para tomar Florianópolis. Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul, levantara o estado e junto com Minas Gerais e outras unidades da federação se rebelara para dar um basta na velha política do Café com Leite que garantia o troca troca de poder entre Sao Paulo e Minas Gerais. A vez de assumir o poder, conforme os viciados acordos, era de Minas Gerais. Entretanto, os paulistas indicaram Júlio Prestes, outro conterrâneo, para substituir o Presidente Washington Luiz. Foi o estopim para Getúlio, derrotado nas eleições de março de 1930 por Julio Prestes, sublevar o país contra o governo federal. O governo de Santa Catarina presidido por Fulvio Aducci, alinhado com a União, defendia a legalidade, enquanto o Rio Grande do Sul e o Paraná aderiam à revolução que iria derrubar Washington Luiz.
Em Santa Catarina, numa curva da sinuosa estrada da Serra da Garganta, em Anitápolis, na antiga rodovia que ligava o Sul à capital catarinense, um pelotão da PM com 30 homens recebera a missão de bloquear a passagem dos mais de 2.000 revolucionários que se dirigiam para Florianópolis.

Uma trilha na serra, paralela à estrada onde estava instalada a trincheira, selaria o destino dos defensores da Garganta. Informados da existência da trilha por um morador local, a força revolucionária contornou a posição catarinense e atacou pela retaguarda. A surpresa foi total e um entrevero de mais de 2 horas acabou com a prisão e morte dos defensores. Calcula-se que teriam sido 7 vítimas fatais que foram enterradas numa vala comum no alto da serra.
Ontem, passados 93 anos, numa cerimonia militar na serra, no local onde ocorreu o combate, a Polícia Militar de Santa Catarina inaugurou um monumento que registrará para a posteridade um difícil momento vivido por brasileiros envolvidos num grave conflito interno.
A vitória na revolução conduziu Getúlio Vargas ao poder central do Brasil, onde permaneceu por longos 15 anos, ininterruptamente.

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