Blog do Prisco
Coluna do dia

Chumbo grosso e trocado

O que se observa nesta reta final em Santa Catarina é um fogo cruzado e intenso entre alguns dos principais candidatos ao governo estadual.
Sobretudo entre Moisés da Silva (Republicanos) e Gean Loureiro (União Brasil). Principalmente nas redes sociais, as mais variadas. São ataques pesadíssimos com chumbo trocado.
Esperidião Amin também tem disparado seus petardos. Nesses dois postulantes e também em Jorginho Mello. Já o senador do PL, que aparece muito bem no cenário nesta reta final, está na dele, fazendo uma campanha propositiva, com um outro episódio mais agudo. Ponto.
Décio Lima (PT) vai na mesma toada de Jorginho. Por outros motivos, mas a tocada é muito mais propositiva e as estocadas costumam ter como alvo o presidente Jair Bolsonaro. O petista circula no espectro de esquerda. Sua chegada ao segundo turno necessariamente passa pelo viés de crescimento de Lula da Silva em Santa Catarina.

Quase lá

Como observamos que Jorginho está com um pé e meio no segundo turno, há outros três candidatos conservadores disputando a outra vaga: Moisés, Gean e Amin. E mais Décio Lima, o único da esquerda. Quatro nomes para uma vaga.

Déjà Vu

Agora, a votação que Jorginho Mello fará neste pleito guarda semelhanças com a eleição de 2018, ano da onda Bolsonaro. Moisés da Silva chegou ao round final apenas dois pontos percentuais atrás de Gelson Merisio. No segundo turno, o atual governador fez 71% a 29%. Merisio fez menos votos no turno decisivo do que no primeiro!

Experiência

O processo de transferência de intenção de votos neste pleito começou antes porque Jorginho Mello já era muito mais conhecido do que o então anônimo Moisés em 2018. Para o Senado, vale a mesma máxima. O apoio de Jair Bolsonaro a Jorge Seif atualmente é muito mais vigoroso do que aquele emprestado a Lucas Esmeraldino há quatro anos.

Subindo

Na disputa pelo governo, o raciocínio é claro. Em levantamentos recentes para consumo interno, um tanto confiáveis, Jorginho Mello está em viés de alta, por volta de 35%.
Se ele seguir nesse ritmo e atingir algo em torno de 40% no primeiro turno, essa expressiva votação pode favorecer Décio Lima.

Patamar

Desde que o canhoto vermelho de Santa Catarina conquiste pelo menos 60% dos sufrágios que serão dados a Lula da Silva entre os catarinenses.
Neste contexto, teríamos aqui na província o repeteco da polarização nacional no segundo turno. PL x PT, 22 x 13.

Outra via

Para o caso do senador do PL não ultrapassar a barreira dos 35%, a segunda vaga pode ficar entre Esperidião Amin e Gean Loureiro. O atual governador está em viés de baixa, enquanto Esperidião Amin oscila para cima e Gean está estagnado.

Sangue pelas canelas

A grande verdade é que está havendo uma destruição mútua envolvendo Gean e Moisés da Silva. Isso pode vir a favorecer Esperidião Amin. Desde que Décio não canalize boa parte da votação lulista no estado e que Jorginho fique restrito ao teto de 35% dos sufrágios.

Pesquisa boa

A conferir os desdobramentos nestes poucos dias que antecedem o pleito e, sobretudo, a verdadeira pesquisa eleitoral. Verdadeira e única, a do dia 2 de outubro, que começará a revelar seus dados, salvo engano, pouco depois das 17h do próximo domingo.