Dos cinco grandes partidos de Santa Catarina, MDB, PSDB, PP, PSD e PT, só um deles caminha para efetivamente ter candidato a presidente. Muito provavelmente, os tucanos com Geraldo Alckmin. O PT está com Lula da Silva preso e deve descarregar os votos em Ciro Gomes, do PDT.
O PP já não lança candidato majoritário nacional há décadas. Em 1989, o partido apresentou Paulo Salim Maluf. Em 1994, o progressista candidato a presidente foi o ex-governador catarinense Esperidião Amin. De lá pra cá, a legenda passou a liberar as seções estaduais para suas composições com interesse regional.
É o mesmo caminho que deve ser adotado pelo MDB este ano. A sigla tem Henrique Meirelles como pré-candidato, mas ele não passa de 1% nas pesquisas. Os emedebistas também precisam carregar o peso do desgaste brutal de Michel Temer e seu governo. Ou seja, têm tudo pra não lançar candidato a presidente, liberando os diretórios estaduais.
O PSD era o partido de Meirelles, mas não tem ninguém para encarar a disputa nacional. Muito provavelmente, assim como o próprio PP, o PSD vai apoiar Geraldo Alckmin.
Palanque sui generis
É um contexto que favorece a formação de um palanque, digamos, não muito convencional para o presidenciável do PSDB em Santa Catarina, catalizando os apoios de PSD, PP, o próprio PSDB e até o MDB! Na outra ponta, estará o PT com a perspectiva de Ciro Gomes.