Blog do Prisco
Coluna do dia

Clima eleitoral

A semana promete no campo político. Tanto no plano nacional quanto no contexto estadual.
Jair Bolsonaro retornou de um périplo pelos Estados Unidos, onde participou da Cúpula das Américas. Chamou a atenção a reunião bilateral dele com Joe Biden, o esquerdista, ao estilo norte-americano, que havia esfriado as relações em função do apoio bolsonarista a Donald Trump. Os interesses mútuos, naturalmente, devem estar e estão acima da guerra ideológica.
O líder brasileiro também participou de uma motociata. Neste momento, o presidente interagiu de maneira frenética com brasileiros que vivem nos EUA. Lá estava também o blogueiro Alan dos Santos, foragido da perseguição do xandão da esquerda, o déspota aprimorado Alexandre de Moraes, ou Alexandre, o pequeno, o pequenino, o minúsculo.
Da terra do Tio Sam, Jair Bolsonaro voltou a mirar nos ministros fake (advogados militantes travestidos de juízes), biônicos, do STF, sobretudo na direção de Roberto Barroso, a quem o presidente classificou de mentiroso. Houve também disparo, claro, na direção daquele que pensa que é o todo-poderoso, o minúsculo xandão da esquerda.

Bastidores

Voltando para a província barriga-verde, os olhares seguem sobre as movimentações no MDB e no PSDB. A reunião do diretório do Manda Brasa que havia sido chamada para esta segunda, 13, foi cancelada a pedido de Antídio Lunelli e outras lideranças.

Bússola

O MDB procura um caminho. Se efetivamente vai fechar com o governador, levando Antídio a aceitar o Senado; ou se terá cabeça de chapa.
Partamos da premissa que as lideranças se acertem durante esta semana, que será mais curta em função do feriado de Corpus Christi, e encaminhem apoio a Moisés da Silva.

Soberania interna

Como já escrevemos aqui, no entanto, a decisão final caberá à convenção do dia 5 de agosto. Data na qual ninguém pode impedir, por exemplo, que algum emedebista se apresente como alternativa.

Frigir dos ovos
Para o Senado já há dois novos nomes no circuito. Peninha Mendonça, que só abre mão em favor do próprio Antídio, e Edinho Bez, com quem o jaraguaense vai ter que disputar se quiser mesmo concorrer à Câmara Alta caso Bez mantenha a disposição para tentar a indicação.

Bola de cristal

Ou seja, o desfecho é imprevisível. Há, ainda, o componente nacional. O PSDB, federado com o Cidadania, formalizou o apoio à senadora Simone Tebet (MDB). Isso é um dado, um fato. Ali adiante até para oferecer palanque à política sul-mato-grossense aqui em Santa Catarina, não seria o caso de um acordo entre emedebistas e tucanos?

Vaso comunicante

Moisés é do Republicanos, partido aliado nacionalmente a Jair Bolsonaro. Simone Tebet é adversária. Entra no jogo sob a perspectiva, remotíssima, de tentar quebrar a polarização entre Bolsonarismo e Lulismo neste país.

Ele e ela

Antídio Lunelli e Geovania de Sá poderiam formar uma dobradinha a partir deste cenário. Muito embora Moisés da Silva tenha estado, na terça-feira passada, com Baleia Rossi, o presidente nacional do MDB, sinalizando na direção de um acerto nos ponteiros entre o governador e a seção Barriga-Verde do partido.

Timing

Só que ainda falta muito tempo. São 50 dias até as convenções homologatórias.

Força

Em Santa Catarina, temos ainda o movimento conservador, que tem mostrado força e uma certa unidade. A batalhadora deputada federal Carla Zambelli esteve na Capital e emprestou apoio a Jorginho Mello ao governo. Além deles, estrelaram o evento a vice-governadora, Daniela Reinehr e o empresário Jorge Seif, nome de Bolsonaro ao Senado. Zambelli lembrou que Jorginho e Daniela tiveram participação importante e foram leais nos piores momentos do governo federal. Sem citar Moisés nominalmente, contudo, a deputada paulista externou o sentimento de traição que a base bolsonarista nutre pelo atual chefe do Executivo estadual.