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Cobalchini faz defesa de voto no tribunal especial e acusa ação de milícias digitais

A nova troca de comando do Executivo estadual foi tema do líder do MDB, deputado Valdir Cobalchini na sessão dessa terça-feira (30), ao defender seu voto contrário ao prosseguimento do impeachment do governador Carlos Moisés no tribunal especial, pela possível responsabilidade na compra, há um ano, de 200 respiradores. O parlamentar rememorou sua atuação como vice-presidente da CPI que exaustivamente investigou os fatos, sua escolha para relator do pedido de admissibilidade do afastamento do chefe do Executivo e seu voto, aprovado em plenário na Assembleia Legislativa, determinante para a constituição do tribunal especial.

Mas foi veemente na defesa de sua posição no julgamento da última sexta-feira(26), em favor da permanência de Moisés no cargo, alegando respeito aos autos do processo e o conhecimento de “fatos supervenientes”.

Cobalchini disse que votou convicto, em razão da posição do Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC), que solicitou o arquivamento do processo de impeachment; do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que exarou parecer contrário ao afastamento de Carlos Moisés; e à manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu arquivamento de processo de investigação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), levando em conta autos de inquérito da Polícia Federal que concluiu pela inexistência de provas da participação do governador na decisão sobre a compra dos respiradores. O deputado lembrou sua formação em Direito para considerar o que classificou como “fatos novos”, e justificou a posição: “Juízes julgam com o que está nos autos”.

Em sua manifestação, Cobalchini também abordou as críticas que recebeu nas redes sociais e fez a defesa de sua trajetória com três décadas de vida pública. “Não me calo e também não tenho direito de ser inocente”, reagiu, ao acusar ação coordenada do que classificou como “milícias digitais” que, segundo apurou têm muitos participantes com origem em outros estados, como Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. “Claro que se trata de militância mobilizada”, avaliou. “Seria cômodo me dobrar à pressão de grupos de interesses nas redes sociais e jogar para a torcida”, redarguiu o parlamentar. “Não me desviei do devido processo legal”.

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