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Colapso de ponte na BR-470/SC pode afetar economia de Santa Catarina

Um dos principais corredores de escoamento da produção de Santa Catarina corre o risco de colapso caso o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) não consiga os recursos necessários para a recuperação imediata da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II, localizada no limite entre os municípios de Apiúna e Ibirama, na BR-470/SC.

Ainda no ano passado, a Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS) teve acesso ao laudo da inspeção técnica realizada na ponte em agosto de 2016 e de imediato procurou a unidade local do DNIT. Em função das insuficiências estruturais, o parecer apontou que haveria necessidade de recuperação imediata e alargamento.

De acordo com a norma adotada pela autarquia, no ato da inspeção, a ponte já apresentava condições de estabilidade e de conservação considerada sofríveis, com grande incidência de corrosão em lajes e vigas de concreto. O relatório de inspeção destacou ainda que dois blocos de estacas da fundação necessitariam de observação sistemática em função de desgaste pela ação da correnteza.

As condições da estrutura são consideradas “sofriveis” – fotos>divulgação

Com 202 metros de comprimento, a obra está localizada em região montanhosa e tem traçado em curva. Cerca de 11 mil veículos trafegam diariamente pela estrutura, segundo dados de 2016, do próprio DNIT. A rota alternativa para o tráfego apontada no laudo seria a Estrada Geral de Subida, onde outra ponte, com visíveis limitações de capacidade também cruza o Rio Itajaí-Açu, próximo a Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.

No mês passado (15 de junho), a superintendência do DNIT em Santa Catarina encaminhou um novo pedido para priorizar a reabilitação da estrutura. “Tal priorização justifica-se pelo acelerado avanço de patologias em elementos estruturais importantes”, aponta documento encaminhado pelo superintendente substituto, engenheiro Névio Antônio Carvalho, à Coordenação de Manutenção de Estruturas e Contenções do DNIT, em Brasília.

O documento destaca também que o DNIT/SC solicitou urgência na inclusão da ponte no Programa de Reabilitação de Estruturas (Proarte) à sede do DNIT, ainda em 2016. À ACIRS, a superintendência estadual da autarquia já afirmou que a obra deve ser licitada ainda neste ano, pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC) integrado. Tudo depende de recursos, que precisam ser captados na capital federal.

Em reunião realizada com a participação da ACIRS e da AMAVI na última quinta-feira, 28 de junho, o superintendente do DNIT, Ronaldo Carioni Barbosa, destacou que a obra é a principal demanda do estado na área de recuperação estrutural. “É urgente. É a nossa maior prioridade”.

Durante o encontro a ACIRS se comprometeu em auxiliar o DNIT na busca por recursos para a execução imediata da obra. “Vamos mobilizar o setor produtivo de Santa Catarina já que o colapso desta ponte poderia afetar grande parte da economia de Santa Catarina, como já aconteceu em maio de 2009”, alerta o presidente Amandio João da Silva Júnior.

Naquela oportunidade, um dos pilares da ponte sobre o Rio Hercílio, também na BR-470/SC, rompeu. A recuperação custou R$ 13 milhões, durou mais de um ano e durante dois meses o tráfego chegou a ser proibido para veículos com mais de cinco toneladas.

 

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