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Colatto lamenta fraude com certidões de indígenas

O deputado federal Valdir Colatto (PMDB – foto) lamentou a situação de fraude envolvendo indígenas do Mato Grosso do Sul. A operação Coiote Kaiowá aconteceu nas cidades de Amambai e Aral Moreira, onde foram cumpridos mandados contra uma quadrilha, que segundo investigações da Polícia Federal, atuava desde 2012 produzindo registros de nascimento falsos com objetivo de conseguir aposentadorias rurais para indígenas “fantasmas”. Foram presos o ex-capitão da aldeia e outras duas pessoas que comandavam uma loja de crédito consignado.

“É mais uma demonstração que usam os índios, sua vulnerabilidade e sua condição de proteção histórica em benefício de alguns”, disse o parlamentar. Colatto é membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPIs) da FUNAI e Incra no Congresso Nacional cujas atividades retornarão no início do mês de fevereiro. A organização obtinha lucro com as aposentadorias dos indígenas inexistentes e ficava com os
ganhos na contratação de empréstimos consignados fraudulentos. Segundo a investigação, os documentos falsos eram usados pelos investigados para falsificar RG e certidões de atividade rural da Fundação Nacional do Índio (Funai). Foram estimados prejuízos em torno de R$ 4 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com Colatto, não são recentes as situações de utilizar os indígenas para fraudes. Colatto defende há anos a construção de um projeto de cidadania para os indígenas brasileiros, permitindo que as comunidades apresentem sua situação e necessidades. O parlamentar tece críticas aos órgãos que coordenam as ações junto aos indígenas. “Não podemos mais aceitar que a Funai fale por eles, até porque não apresentam as reais necessidades dos indígenas”, disse. Os questionamentos já foram levados e estão sendo investigados pela CPI, dentre eles, o porque os indígenas possuem 13% do território brasileiro e sua maioria vive em condições de miserabilidade, recebendo bolsa família e contribuindo com os bolsões de pobreza nas áreas urbanas. Outro questionamento trata dos laudos antropológicos fraudulentos apresentados para demarcar novos territórios indígenas. “Com todo o potencial de território que os indígenas têm no país, falta é política de atenção, política de cidadania com renda, condições de estudo e saúde, e não mais de novas terras, sabe-se lá a benefício de quem”, disse.

Foto: divulgação

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