A integração entre os órgãos de segurança e investigação do Estado já prendeu preventivamente 53 integrantes do PGC. Parte desses presos participaram diretamente dos ataques a ônibus, repartições policiais e carcerárias e contra agentes públicos no ano de 2014 em Santa Catarina. As ordens judiciais são decorrentes de denúncia realizada recentemente pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela prática dos crimes de organização criminosa e de associação ao tráfico.
A operação, que possibilitou as prisões, foi deflagrada no dia 17 de agosto e é integrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e Agência Central de Inteligência (ACI) da Polícia Militar, Departamento de Administração Prisional (DEAP) e Diretoria de Inteligência e Informação (DINF) da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil.
É de consenso entre as instituições que somente a integração entre elas e a troca constante de informações pode trazer sucesso para o enfrentamento ao crime organizado. Com a ação, os órgãos de segurança conseguiram prender 13 criminosos que estavam foragidos. Outros 39 que já estavam detidos por outros motivos foram presos também preventivamente. Assim, evita-se que sejam soltos, mesmo que cumpram as penas por outros crimes que tenham cometido ou tenham outras prisões preventivas revogadas.
Até o momento, foram cumpridos 52 dos 62 mandados de prisão preventiva expedidos pela Unidade de Apuração de Crimes Praticados por Organizações Criminosas da Comarca da Capital. Dez dos denunciados continuam foragidos e seus paradeiros são investigados pelos setores de inteligência dos órgãos envolvidos. Na operação também foi cumprido o único mandado de busca e apreensão emitido.
Veja abaixo o papel de cada órgão na operação
GAECO
Força-tarefa composta pelo MPSC, PM, Polícia Civil, PRF e Secretaria da Fazenda, o GAECO prestou apoio na investigação dos integrantes da facção criminosa e apoiou a 23ª Promotoria da Capital durante a onda de atentados em setembro de 2014. Identificou os criminosos e cumpriu mandados de prisão.
DEAP
O Departamento de Administração Prisional (DEAP) atuou na disponibilização de vagas para alocação dos presos, estabeleceu contato com unidades prisionais do Estado e fora do Estado, encaminhando os mandados de prisão expedidos pela Justiça de alvos que já estavam em cumprimento de pena.
BOPE
Atuou em parceria com os demais órgãos de segurança, notadamente com a ACI, e de acordo com a doutrina de operações especiais. Após trabalho de inteligência de identificação de pessoas e locais, o BOPE cumpriu parte dos mandados de prisão contra os suspeitos integrantes da organização criminosa.
ACI
A Agência Central de Inteligência da PMSC identificou integrantes da organização e as suas funções. Fez o reconhecimento dos locais por eles frequentados, viabilizando o mapeamento de suas atividades e conferindo maior efetividade ao cumprimento dos mandados de prisão expedidos contra os alvos.
DEIC
A DEIC, órgão de execução da Policia Civil, por meio de sua Divisão de Combate ao Crime Organizado ( DRACO), produziu Inquérito Policial que investigou a onda de atentados de 2014. O procedimento foi finalizado com o indiciamento de 80 pessoas, entre mandantes e responsáveis pelos ataques e atentados.
DINF
A DINF coletou e analisou dados e compartilhou as informações com as demais agências de inteligência estaduais e nacionais. Durante a operação, o papel da DINF foi fornecer informações/conhecimento sobre os envolvidos no Inquérito Policial e Procedimento de Investigação Criminal.
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