A Procuradoria Geral da República decidiu entrar com denúncia contra o governador licenciado Raimundo Colombo e contra o tesoureiro de campanha, José Carlos Oneda, também Diretor Financeiro da Celesc, pelo uso de caixa 2 na campanha de 2014 em Santa Catarina.
Oficialmente, não foi liberada nenhuma nota de Brasilia sobre o resultado do inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça. A notícia vazou nesta sexta-feira. Uma verdadeira bomba nos meios políticos catarinenses. Defensores do governador e aliados, contudo, estão comemorando o fato de a PGR não ter apresentado denúncia por corrupção passiva, como queria a Polícia Federal.
Evidentemente que a denúncia da PGR vai gerar desdobramentos eleitorais e na sucessão como um todo. Reforça a tese de quem questiona a possibilidade de renúncia de Colombo (para manter o foro privilegiado até o fim do ano).
Como vai ficar? Ele vai ser candidato ao Senado, mesmo denunciado. Não bastasse isso, há outros agravantes. O Fundam 2, que não saiu e não vai sair nos moldes anunciados por Raimundo Colombo no ano passado, e suas reiteradas licenças, permitindo que o MDB tomasse conta do governo já em janeiro, de fato. Isso pegou muito mal nos meios políticos e sobretudo no PSD e entre aliados do governador. Fica claro que essa saída salomônica de não renunciar, mas entregando o governo, visava exclusivamente preservar o foro privilegiado de Colombo. Hoje, a denúncia vai para o STJ. Se ele renunciar no dia 7 de abril, a peça descerá para as instâncias inferiores da Justiça que cuidam dos processos da Lava Jato (Curitiba e Porto Alegre).