Colombo e o PMDB em 2018
Raimundo Colombo está atuando para ocupar, pelo ponto do ponto de vista da articulação política, parte do vácuo deixado em Santa Catarina com a morte de Luiz Henrique da Silveira. Percebendo os movimentos de correligionários e de líderes aliados, que estavam aumentando a distância entre os dois principais sócios do atual governo, o lageano entrou no circuito. O pessedista tem procurado se reaproximar de Mauro Mariani, além de construir uma interlocução com o senador Dário Berger. Separadamente, já entabulou conversas com os dois, além de estar, até pela força do cargo, em contato frequente com o vice Eduardo Pinho Moreira. Mariani, aliás, vem mudando o tom em relação ao Centro Administrativo e já ensaiou elogios ao governo Colombo, metralhado por ele no passado. O resumo da ópera é o seguinte: encaminhar nova composição entre as duas legendas para 2018, com a possiblidade de o PSD abrir mão da cabeça de chapa.
De carona
Na mais recente viagem de Colombo a Joinville, Mauro Mariani circulou de carro com o governador. Isso nunca tinha acontecido.
Capital e Joinville
A movimentação de Colombo para manter o casamento ente peemedebistas e pessedistas, passa por acertos eleitorais nas duas principais cidades do Estado. Em Florianópolis, as conversas indicam que o PMDB teria que indicar o vice de Cesar Souza Junior, enquanto em Joinville, seria o inverso. O PSD saindo de vice de Udo Döhler.
Dificuldades
Evidentemente que a equação nos dois maiores colégios eleitorais não será fácil. A construção implica em convencer dois deputados estaduais, Darci de Matos (PSD) e Gean Loureiro (PMDB), a abrirem mão da cabeça de chapa. Além de detentores do mandato, os dois já foram candidatos nas duas cidades, com expressivas votações. Gean em 2012 e Matos em 2008.
Nem aí
O senador Dário Berger confirma leitura da coluna de que não está nem um pouco preocupado em criar identidade partidária no PMDB. Só ratifica o histórico registrado nas demais legendas por onde ele passou. Pela força do seu cargo e do seu voto, o senador emplacou o irmão, Djalma Berger, ex-prefeito de São José, derrotado em 2012, na presidência da Eletrosul, a maior estatal federal do Sul do país.
Municipalista
Dário perdeu uma grande oportunidade de praticar um gesto na direção do PMDB. Ele poderia ter defendido o nome de Paulo Afonso Vieira, ex-governador que é diretor da estatal há muitos anos. Peemedebista de cruz na testa, Paulo Afonso segue sendo um dos líderes mais influentes do partido no Estado.
Gostou
Dalírio Beber está empolgado com a condição de senador. Tem procurado participar de todas as atividades do tucanato, a começar pelas jornadas do partido.
Bronca
Leonel Pavan está, literalmente, uma arara com o secretario Filipe Mello. Revelou a interlocutores que não vai sossegar enquanto o filho de Jorginho Mello não deixar a Secretaria de Turismo. Depois da resposta brusca, via imprensa, de Mello endereçada a Pavan, a executiva estadual do PSDB encaminhou nota de repúdio a Raimundo Colombo e Gelson Merísio.