O juiz João Alexandre Dobrowolski Neto, da 12ª Zona Eleitoral da Capital, aceitou denuncia-crime contra o ex-governador Raimundo Colombo, candidato do PSD ao Senado.
A ação nasceu da delação premiada de ex-diretores da Odebrecht, nas famosas planilhas da companhia e virou a ação penal 8-72.2018.6.24.0000. O líder pessedista, que agora é reú neste processo, responde por suposto recebimento de recursos da empreiteira, via o chamado Caixa 2, que são recursos não declarados. No caso de Colombo, o processo remonta às campanhas vitoriosas ao governo de Santa Catarina em 2010 e 2014.
O magistrado da vara eleitoral acatou a peça acusatória do promotor eleitoral Fernando Linhares de Silva Junior.
Raimundo Colombo soltou uma nota, em tom pesado (confira abaixo na íntegra), contra-atacando os acusadores. Afirma que “é uma matéria velha e está sendo requentada e faz parte da política nojenta de um denuncismo covarde.”
Evidentemente que o avanço da denúncia, transformando o ex-governador em réu deve trazer desdobramentos políticos-eleitorais, considerando-se que estamos na reta final das convenções e muito próximos do início efetivo da campanha deste ano.
Nota do ex-governador
Por meio da assessoria, Raimundo Colombo, emitiu a nota abaixo.
“É uma matéria velha e está sendo requentada e faz parte da política nojenta de um denuncismo covarde”, ressalta.
Colombo lembra que o Ministério Público Federal já arquivou a denúncia de corrupção passiva relativa às ilações e acusações feitas pela Odebrecht e, recentemente, o Ministério Público de Santa Catarina arquivou as acusações feitas pela JBS. O ex-governador diz ter a certeza que o resultado final na Justiça Eleitoral também será pelo reconhecimento de sua inocência.”
Esquerdas
O pré-candidato do PT ao governo e presidente estadual do partido, deputado Décio Lima encaminhou um documento aos dirigentes do PCdoB, do PDT e do PSOL. O texto é claro. O líder petista tenta aglutinar as esquerdas em Santa Catarina para um projeto comum “e de renovação”. Além do documento, Décio fez conversas individuais com Maneca Dias (PDT), Angela Albino (PCdoB) e Leonel Camasão (PSOL).
Vácuo
A articulação ganhou força depois que o acordo entre PSD e PP virou pó, no vácuo da decisão de Esperidião Amin de disputar o governo, tendo como vice o deputado federal João Paulo Kleinübing. Apesar do esforço do petista, não será fácil ele atrair os três partidos, notadamente PCdoB e PDT.
Posição
Durante reunião da bancada estadual do PSD, esta semana, na Alesc, Gelson Merisio disse aos correligionários que será candidato ao governo. Mas as conversas estão a mil nos bastidores. Até domingo, dia 5, muita água ainda vai rolar e muita saliva será gasta entre os cardeais dos principais partidos.
Blumenau na ribalta
Blumenau nunca esteve tão representada em uma eleição majoritária quanto neste pleito de 2018. Pelo menos no período Republicano, não se tem notícia de três representantes do município e região do Vale em posições estratégicas. Os três ex-prefeitos da história recente da cidade, pela ordem, Décio Lima (PT), João Paulo Kleinübing (DEM) e Napoleão Bernardes (PSDB), estão no jogo majoritário. Décio é pré-candidato ao governo; Kleinübing foi indicado vice de Esperidião Amin e Napoleão teve o nome homologado ao Senado. Um em cada posição! Ressalvando, contudo, que até dia 5, podem ocorrer mudanças no cenário.
