Coluna do dia

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Perfumaria no Congresso

Dando à “reforma política”, a Câmara dos Deputados aprovou ontem o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos no país. A nova regra passa a valer em 2020. No ano que vem e em 2018 nas eleições presidenciais e estaduais, os mandatos ainda serão de quatro anos. Menos para os senadores. Os felizardos que se elegerem em 2018 terão um mandato de nove anos, para que haja uniformização somente nas eleições de 2027, quando os representantes de cada estado na Câmara Alta passarão também a ser eleito por apenas cinco anos. Na mesma sessão, os nobres congressistas rejeitaram a coincidência das eleições, o que acabaria com os pleitos a cada dois anos. No futuro breve, as eleições serão a cada dois ou três anos, consequência do ano a mais nos mandatos.

No fundo, os eleitos só se preocuparam com uma coisa: garantir um mandato mais longo. Para o eleitorado e a sociedade, a mudança é imperceptível. Não custa lembrar que em 1987, os mandatos foram estendidos para cinco anos. Em 1998, Fernando Henrique e seus tucanos instituíram a reeleição, reduzindo o tempo de cada eleito para quatro anos. Agora suas excelências voltam aos padrões de 1987. Lembra um pouco o samba do crioulo doido.

 

 

Disputa no ninho

Deputado estadual Marcos Veira avisa que não vai aceitar dividir o mandato ou qualquer outro encaminhamento que não seja disputar a presidência estadual do PSDB. O parlamentar está confiante, acreditando na possibilidade de renovação.

 

 

Fechou a mão

Marcos Vieira anunciou que abriria mão da candidatura em favor do senador Dalírio Beber, mas o correligionário não cogita ser candidato. Ficou contrariado e irritado, inclusive. Dalírio tentava até ontem convencer Paulo Bauer a dividir o mandato com Vieira, solução que agora, segundo interlocutores do deputado, não é mais possível.

 

 

Paulo Afonso

Lideranças do PMDB, como o deputado federal Rogério Peninha Mendonça, reagiram ante a ameaça de guilhotinar o ex-governador Paulo Afonso Vieira da diretoria da Eletrosul. O parlamentar assegura que o correligionário deve permanecer. Michel Temer, com quem Paulo Afonso trabalhou diretamente, entrou no circuito.

 

 

Fileiras

Para o senador Dário Berger, é uma vitória emplacar o irmão Djalma, sem mandato, na presidência da maior estatal do Sul. Mas seria um desastre a saída de Paulo Afonso, que tem muita força no PMDB. Se Berger quer ser candidato a governador em 2018, precisa ter aliados e criar musculatura nas hostes do velho Manda Brasa.

 

 

Agilidade

Não é de hoje que a iniciativa privada, e o próprio poder público, reclamam da demora na concessão de licenças ambientais no Estado. Visando a dar mais agilidade aos processos, a Fatma deve ser transformada em instituto. A expectativa do presidente Alexandre Waltrick é que os deputados votem pela mudança antes do recesso de julho.

 

 

Costurando

Como Raimundo Colombo não toma a iniciativa, o presidente da Alesc, deputado Gelson Merísio, não para de articular politicamente. Vem conversando frequentemente com Esperidião e Angela Amin. Projeções tanto com vistas ao pleito municipal em Florianópolis no ano que vem como para 2018.

 

 

Empreendedor

O deputado estadual Gabriel Ribeiro encaminhou um documento ao governo indicando a inserção da disciplina de Empreendedorismo na grade curricular das escolas públicas. Na condição de membro da Comissão de Educação, Gabriel quer incentivar os estudantes catarinenses a assumirem uma posição proativa, voltada ao planejamento estratégico e aos resultados.

 

 

Observatório

Diante do anúncio feito pelo astrônomo Silvino de Souza, no sentido de fechar o Observatório Astronômico de Brusque, o prefeito Roberto Prudêncio (PSD) fez contato com ele, manifestando apoio para buscar alternativas e garantir a continuidade das atividades. O prefeito reconhece e salienta a importância do Observatório para Brusque e região e não medirá esforços para reverter a situação. A primeira medida tomada por Prudêncio é ceder um servidor público para auxiliar nos trabalhos da entidade.

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