PP e PSDB
São remotas, digamos assim, as chances de progressistas e tucanos catarinenses estarem novamente juntos na eleição deste ano. Em 2014, Paulo Bauer concorreu ao governo com o hoje prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, de vice.
O detalhe é que naquela eleição, o MDB e o PSD estavam juntos. Em 2018, estão em lados opostos. E o problema-chave numa improvável equação entre PP e PSDB é a cabeça de chapa. Tanto Bauer como Esperidião Amin querem a cabeça de chapa em 2018.
Os dois já formaram dobradinha e governaram Santa Catarina de 1999 a 2002.
E se houvesse a possibilidade de inversão em 2018 e Amin resolvesse abrir mão em favor do senador tucano, como reagiria o PP? Reagiria muito mal.
Serviços prestados
Se for para os progressistas recuarem e apoiarem alguém, lideranças do PP vão querer praticar este gesto na direção de Gelson Merisio, PSD. Foi o ex-presidente da Alesc quem pavimentou o retorno dos progressistas ao governo na gestão Raimundo Colombo. Depois de um longo inverno com o partido à míngua.
Presidência da Alesc
Também foi de Merisio a articulação que guindou o deputado Silvio Dreveck, do PP, à presidência da Assembleia. Ou seja, é uma conta muito complicada de ser fechada essa para reeditar a aliança majoritária de 2014, com PP e PSDB juntos no Estado.
MDB ao Senado
Em reunião realizada esta semana, na sede estadual do MDB, entre o ex-governador Paulo Afonso Vieira e o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito, ambos chegaram ao consenso de que o partido deve lutar por uma das vagas ao Senado na chapa majoritária.
Avaliando
Paulo Afonso já é pré-candidato ao Senado e o ex-Prefeito Edson Piriquito convocou diversas lideranças para uma reunião na sede do MDB de Balneário Camboriú, onde deve decidir se também entra na disputa ou se mantém sua pré-candidato a deputado estadual.
Décio ao governo
O pré-candidato ao governo de Santa Catarina, deputado federal Décio Lima, terá sua candidatura homologada por unanimidade no dia 5 de agosto. O PT fará sua convenção partidária em Blumenau, cidade que foi administrada pelo petista por dois mandatos consecutivos.
Puro sangue
Nos bastidores, as informações apontam para chapa pura do PT, com o desembargador aposentado Lédio Rosa de Andrade ao Senado. A outra vaga pode ser de Ideli Salvatti, com o deputado federal Pedro Uczai de vice. Ele foi, digamos, convidado a praticar o gesto nesta eleição. Em 2014, Cláudio Vignatti foi o cabeça de chapa, abdicando do projeto de voltar à Câmara naquele ano e que será retomado em 2018.
Menos parlamentares
O deputado federal Rogério Peninha Mendonça conseguiu o apoio de 177 deputados para apresentar a PEC 437, que extingue o modelo Bicameral (Câmara dos Deputados e Senado), utilizado hoje. No atual sistema, qualquer projeto de lei apresentado por um deputado federal precisa tramitar nas comissões da Câmara, ser aprovado no plenário e depois ainda passar pelo mesmo rito no Senado.
Peso financeiro
Caso haja alguma alteração no texto, o projeto tem que voltar à Câmara para nova discussão antes de seguir para a sanção presidencial. Segundo Peninha, o custo de manutenção das Duas Casas Legislativas atualmente não justifica suas existência. É muito pesado para a sociedade.
