Corrida presidencial
Dentro do espectro político tupiniquim, o quadro da pré-campanha que se afunila atualmente é o seguinte. Na esquerda, há três nomes a serem considerados. Ciro Gomes, do PDT, Marina Silva, da Rede, e Fernando Haddad, do PT. Lula da Silva, convém relembrar, está preso, foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em segunda instância. É, portanto, ficha suja e não vai obter o registro eleitoral para tentar o terceiro mandato.
Deste trio, o que tem melhores perspectivas é Ciro Gomes, que tende a agregar mais votos da esquerda do que Marina Silva. Inclusive do PT, partido hoje embretado pela situação judicial do ex-presidente.
O centro também tem três nomes. Geraldo Alckmin, do PSDB, Alvaro Dias, pelo Podemos, e Henrique Meirelles, do MDB.
Dos três, quem está um pouco à frente é Geraldo Alckmin. Ele tem uma leve vantagem sobre Alvaro Dias, que está com seu eleitorado muito concentrado, até aqui, nos três Estados do Sul. Já Meirelles patina no 1% de intenções de voto e terá que conseguir um milagre para se viabilizar internamente. Até porque é muito atrelado a Michel Temer, que está com a popularidade na lona. Ou seja, o centro também disputa uma vaga no segundo turno, assim como as esquerdas.
Quase lá
Na direita, há apenas um nome. Jair Bolsonaro. É muito improvável que ele esteja fora do segundo turno. O deputado fluminense conseguiu cristalizar um apoio popular que deve ser suficiente para carimbar o passaporte para o turno final do pleito presidencial.
Mais do mesmo
Um fator que pode, infelizmente, ser decisivo neste contexto é a negociação com os partidos do centrão (PR, DEM, PP, PRB e SD). Valdemar Costa Neto, o ex-presidiário que é dono do PR, está de olho na maior oferta. E seu pêndulo deve influenciar outras legendas do grupo. É a velha política do balcão, do negócio puro e simples. Quem levar o partido de Costa Neto levará também o candidato a vice, o empresário Josué Gomes, filho do falecido José Alencar, que foi vice de Lula da Silva.
Senado
PSDB de Blumenau está mobilizado para a convenção dos tucanos no próximo dia 29 de julho, em Joinville. Diversos ônibus devem sair do Vale para o Norte do estado. O encontro da noite desta quarta-feira reforçou a força e união do partido, demonstrando total apoio ao ex-prefeito da cidade e pré-candidato ao Senado, Napoleão Bernardes, que já se inscreveu no partido como postulante ao Senado.
Novo
Santa Catarina vai conhecer os candidatos a deputado federal pelo Partido Novo no próximo dia 21 de julho, quando será realizada a Convenção Estadual da legenda. Das 35 pessoas que participaram da pré-seleção, 18 se tornaram pré-candidatos e, agora, 16 candidatos irão representar 13 cidades do Estado no pleito do dia 7 de outubro. Segundo Eduardo Ribeiro, presidente estadual do Novo, o objetivo é que pelo menos um candidato seja eleitoral.
Data
Além do PSD, outros nove partidos vão fazer suas convenções estaduais neste sábado, 21. Toda a construção foi feita para que todos indiquem que seu candidato ao governo é Gelson Merisio. Como ainda vão faltar as composições finais e os arranjos proporcionais entre as legendas, as convenções devem ficar abertas. Mas será um recadaço ao PP e a outras siglas.
