Coluna do dia

COLUNA DO DIA

Bauer e Napoleão
Por esmagadora maioria, o senador Paulo Bauer foi homologado candidato ao governo de Santa Catarina durante a convenção do PSDB em Joinville, neste domingo. O ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, também teve a candidatura ao Senado confirmada. A outra vaga ao Senado e a de vice ficaram em aberto, assim como o PP também deixou duas vagas ao Senado abertas na convenção de sábado.
Durante seu discurso, Bauer mandou um recado a possíveis aliados. Declarou que quem espera gestos dele ou de Napoleão precisa se manifestar logo. O fato é que há muita conversa nos bastidores depois do anúncio de Esperidião Amin, na sexta-feira, e da homologação de sua candidatura ao governo com João Paulo Kleinübing de vice.
Muita gente no PSD, no PP e no próprio PSDB não engoliu a forma como a situação, que havia sido construída numa direção, mudou totalmente de rumo em 24h. Podem vir novidades impactantes por aí.
A convenção tucana, conforme antecipado pela coluna foi histórica. A primeira realizada em Joinville, reunindo cerca de 3 mil pessoas na Expoville. Os tucanos demonstraram união, organização e chegam fortes para a campanha.
Guinada inexplicável
No sábado, 21, Amin foi na convenção do PSD, fez discurso, disse que os partidos iam estar juntos. Seis dias depois, anuncia que vai ser candidato e um dia depois é homologado pelo partido. Ou seja, completamente sem bússola, sem norte. Há muita gente lembrando que fica difícil acreditar no ex-governador ante a este tipo de postura.
Orquestrada
Outra coisa ficou clara depois deste fim de semana. Amin e João Paulo Kleinübing atuaram de forma orquestrada para iludir outros partidos e lideranças. Os dois já estavam fechados há muito tempo e ficaram ganhando visibilidade, espaços de mídia, e fazendo os outros de bobo. Essa que é a grande verdade. Amin em relação ao PSD, o PP e o próprio PSDB. E Kleinübing passando a conversa no MDB e o PSDB também, além do PSD. Uma articulação que acabou por enganar os demais pré-candidatos e dirigentes.
Olho no retorno
Fora do poder central desde 2003, os Progressistas enxergam no contexto atual a chance de voltar ao governo pela porta da frente. Para tanto, foi aprovada a chapa com o ex-governador Esperidião Amin ao governo e o deputado federal João Paulo Klinübing, do DEM, de vice, durante convenção da sigla na Alesc. Esta será a quinta vez que Amin disputará o governo catarinense. Venceu duas, perdeu outras duas.
Noivado desfeito
Está oficialmente rompido o noivado de PP e PSD, cuja aliança de pré-casamento foi atada em 21 de agosto de 2017 e agora não vale mais, embora ainda haverá muitas conversas entre várias lideranças até o dia 5 de agosto, prazo fatal para a definição dos nomes e alianças com vistas ao pleito de outubro.
Sentimento de traição
Muita coisa se falou de sexta para sábado. Evidentemente que grande parcela do PSD e aliados sente-se traída por Amin e o PP. Não por acaso, Gelson Merisio e Raimundo Colombo não compareceram à convenção do PP. O cenário que se apresenta neste dia 28 de julho, véspera da convenção do PSDB em Joinville, é o seguinte: cinco grandes candidaturas ao governo do Estado. Esperidião Amin (PP), Gelson Merisio (PSD) e Paulo Bauer (PSDB) – estas três já homologadas -, Mauro Mariani (MDB) e Décio Lima (PT).
Três para um
Para o caso de se consolidarem as cinco grandes candidaturas, quem se fortalece sobremaneira é Mauro Mariani. Ele poderá vir a assistir de camarote os três adversários da outra ponta (Amin, Bauer e Merisio) se digladiando para ver quem chegará ao segundo turno contra o MDB.
Agregador
Considerando-se que o cenário de cinco postulantes ao governo já praticamente garante uma vaga ao MDB na etapa decisiva. Gelson Merisio seria o oponente com mais poder de agregar apoios contra o Manda Brasa. Se ele for para o segundo round, terá o apoio do PT, do PP (apesar do desgaste que começou na sexta) e de parte do PSDB.
Sair da versão mobile