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Postura de Moreira tem 2018 como pano de fundo

Não foi somente para transferir a responsabilidade a Raimundo Colombo acerca do delicado momento pelo qual passa a cidade de Criciúma e o Sul do Estado em geral que Eduardo Moreira foi para a imprensa detonar o próprio governo.

Além de eximir-se por tabela, o vice-governador abriu a boca deliberadamente para colocar fogo no cenário político. O pano de fundo são as eleições de 2018. Moreira não esconde de ninguém que deseja estar novamente em uma das quatro vagas da futura chapa majoritária, mas identificou forte crescimento em torno de Luiz Henrique da Silveira, que não pára de articular.

Não são poucos os peemedebistas e até mesmo pessedistas e tucanos que entendem que o retorno de LHS significaria não só a pacificação quase que total do PMDB, como também a via para manter o PSD na aliança, atraindo, de quebra, o PSDB.

Evidentemente que toda essa movimentação do correligionário enfraquece Pinho Moreira. Suas declarações bagunçaram o cenário, que agora é difuso. Nas fileiras do PMDB e nas hostes do PSD, não se fala em outra coisa: candidatura própria em 2018. De um lado e de outro.

 

 

Clima bélico favorece Moreira

Este cenário, em tese, favorece as pretensões do vice-governador.  Para completar a confusão generalizada, Moreira aventa a possiblidade de reassumir  a presidência estadual do PMDB, muito embora o deputado Valdir Cobalchini assegure que o compromisso é pela permanência dele no comando partidário até o fim do mandato. A julgar pelas palavras do vice em relação à administração, não seria de se estranhar se ele resolvesse passar por cima do acordo interno.

 

 

Ao relento

Dilma Rousseff já mandou avisar que o ex-deputado e presidente estadual do PT, Cláudio Vignatti, não será aproveitado em nenhum cargo federal. O petista bateu demais em Raimundo Colombo – aliado de Dilma – na eleição do ano passado. O governador não fez nenhum pedido neste sentido, mas a presidente não quer correr o risco de desagradar o parceiro catarinense.

 

 

Geladeira

Na passagem de Dilma por Xanxerê, ela reservou um cumprimento apenas protocolar, frio, ao presidente estadual do seu partido. Ela não simpatiza com ele. No Planalto, avalia-se que Cláudio Vignatti, irredutível na candidatura a governador no ano passado e inflexível no trato com Colombo, mais atrapalhou do que ajudou o projeto reeleitoral da petista.

 

 

Levy em SC

Ao seu estilo, com discrição, o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, vai construindo uma forte rede de relacionamentos no âmbito federal. Prestigiado, confirmou a vinda do ministro Joaquim Levy a SC no próximo sábado, dia 16. Em abril, o catarinense trouxe o ex-presidente do Banco Central na era Lula da Silva, Henrique Meirelles, ao tradicional encontro fazendário do Estado.

 

 

Previsões

Na mídia nacional, já se crava que o catarinense Manoel Maneca Dias tem poucas horas à frente do Ministério do Trabalho. O próprio Michel Temer  requisitou a pasta, que agora está entre o PMDB e o PT. Dilma e Temer querem usar a degola de Maneca como exemplo para os aliados. O PDT foi o único partido considerado da base que fechou questão e votou em massa contra a Medida Provisória do arrocho fiscal.

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