Manchete

Com a ajuda de Michelle, Jorginho deu um “chega pra lá” nos pessedistas

No encontro político que reuniu as lideranças do PL e do PSD, uma cena política digna de nota se desenrolou nos bastidores da convenção conjunta dos partidos ontem.

Jorginho Mello acertou com Topázio Silveira Neto todo o encaminhamento da parte final da convenção. Primeiro, cada partido, o PL e o PSD, realizou sua própria convenção e, no final, encontraram-se no auditório maior.

Porém, nesse momento, as principais lideranças do PSD, João Rodrigues, Júlio Garcia e Eron Giordiani, visivelmente deslocadas e constrangidas, se retiraram, alegando que iriam para Joinville prestigiar a convenção do prefeito Adriano Silva (Novo), que o PSD apoia de graça, não tendo tido sequer a condição de indicar o vice.

Sem a presença das principais lideranças pessedistas, Jorginho e Michelle fizeram o encerramento do evento. Até porque essas mesmas lideranças já perceberam claramente que o governador assumiu o comando da campanha de Topázio, e que ele tem vida curta no partido. Basta ser reeleito para buscar o caminho liberal.

Quando Michelle foi falar, ela perguntou por João Rodrigues, o prefeito de Chapecó, que já havia deixado o recinto. Isso criou uma situação desagradável para ele, na medida em que não prestigiou a ex-primeira-dama, e isso vai chegar aos ouvidos de Bolsonaro. Aliás, o ex-presidente que já anda distanciado de João. Para atentos observadores, o relacionamento está se deteriorando.

Percebe-se claramente que o prefeito de Chapecó faz o jogo do chefão Gilberto Kassab lá em cima com o Lula, e aqui fica dando uma de bolsonarista, querendo ser mais bolsonarista que os liberais. Então, a chance de João Rodrigues cair em desgraça é muito grande.

Michelle poderia estar incentivando candidaturas locais, como a de Daniela Reinehr, para fortalecer posições políticas alinhadas ao bolsonarismo em Chapecó, evidenciando uma estratégia de influência direta nas dinâmicas regionais.

A política, como sempre, continua a ser um jogo de xadrez tridimensional, onde cada movimento pode determinar o destino de muitos. No caso de Chapecó, Michelle poderia marcar presença ao longo da campanha com Daniela eventualmente de candidata à prefeitura. Quanto a Bolsonaro não pisaria os pés na capital do oeste catarinense.

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