Coluna do dia

Combate à corrupção

Em se tratando de corrupção envolvendo recursos e autoridades federais, a Polícia Federal tem se consagrado no combate a este crime tão nocivo à sociedade. No plano estadual, a Polícia Civil, com apoio de outras instituições, também vai avançando firme nesta direção. 

A mais nova operação dos civis em Santa Catarina foi batizada de Argamassa. Nasceu para desbaratar um esquema que supostamente combinava preços em licitações de materiais de construção nos municípios. 

Sete empresas, todas da mesma família, estão no epicentro das investigações. 

Ontem, os agentes cumpriram seis mandados de prisão temporária. Todos contra empresários. Mas prefeituras e órgãos públicos também receberam a “visita” da Polícia. No contexto da Argamassa, o combate à corrupção se desenvolve em parceria com o Ministério Público de Contas. 

Mexida no tabuleiro

Desdobramentos imprevisíveis, podendo trazer reflexos políticos com vistas ao pleito eleitoral de 2020 a partir das ações da Polícia ontem. Sobretudo se os trabalhos respingarem em ex-prefeitos do período recente e que se ensaiam para nova candidatura no ano que vem. 

Litoral Norte

A Operação Argamassa se concentra nas cidades de Balneário Camboriú, Alfredo Wagner, Camboriú, Tijucas, Porto Belo, Bombinhas e Biguaçu. A maior repercussão foi a batida policial na prefeitura do balneário mais famoso do sul do Brasil. Há 23 processos licitatórios com possíveis irregularidades, segundo a lupa do Ministério Público de Contas do Estado. 

Cinco frentes

“Inovação e tecnologia”, “Educação”, “Gestão de recursos, infraestrutura e financiamento”, “Sustentabilidade e meio ambiente” e “Simples Nacional” são os temas dos cinco seminários que agregam a programação do Congresso de Prefeitos 2019, promovido pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam) no período de 24 a 26 de setembro, em São José.

Contraste

Nomes naturais às eleições majoritárias de 2022, os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) têm demonstrado grande movimentação política e posicionamentos claros em Brasília. Dupla atuante. Contrasta com a discrição, pra não dizer outra coisa, de Dário Berger (MDB), o outro dos três senadores de SC. 

Lixo

Agentes do Gaeco (Polícia Civil e Ministério Público Estadual) também foram às ruas ontem. No Alto Vale do Itajaí. Bateram na prefeitura de Rio do Sul em busca de documentos no contexto das investigações envolvendo o recolhimento e destinação de lixo na região. Também houve ação em Lontras, cidade vizinha. 

Às moscas

Uma terça-feira diferente na Assembleia Legislativa. Normalmente, as terças são agitadas, muito movimentadas. Nesta semana, contudo, não houve sessão em função da morte do ex-deputado federal Walmor de Lucca. Plenário e comissões vazios. E bem menos movimentação nos corredores da Casa. 

FRASE

“Até quando investigados, pessoas que praticaram crimes graves de corrupção e lavagem de dinheiro vão continuar apostando na impunidade?”

Roberson Pozzobom, Procurador da Lava Jato, durante coletiva de imprensa para explicar a Operação Galeria, que prendeu o filho do ex-ministro Edison Lobão

Verborragia

Outra frase, contudo, rendeu a mais nova polêmica nacional nesta semana. Partiu do Pitbull, ou filho 02, o vereador carioca Carlos Bolsonaro. Segundo o mito filho, “por vias democráticas, a transformação do Brasil não acontecerá na velocidade que almejamos.” Dispensa comentários. 

Respiro

Atacada por todos os lados por aqueles que querem retroceder no combate à corrupção neste país, a Lava Jato ganhou um refresco diante das revelações da Operação Galeria. Os requintes de sofisticação do esquema e a desfaçatez dos envolvidos na “arte” de saquear o erário ainda chamam a atenção de parte da sociedade.

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