A reversão do afastamento da juíza Gabriela Hardt – que é filha de catarinenses – pelo Conselho Nacional de Justiça – ela havia sido afastada por decisão monocrática do corregedor do órgão, Luiz Felipe Salomão – enseja duas leituras imediatas. Se acirra a disputa – que já está virando guerra – entre Luís Roberto Barroso, presidente do STF e do CNJ; e Alexandre de Moraes, que tem apoio do decano Gilmar Mendes, o notório e falastrão.
Barroso impôs uma derrota à dupla Alexandre-Gilmar ao abrir a divergência no pleno do CNJ e passar uma carraspana no corregedor, que é umbilicalmente ligado a Alexandre. O presidente do STF também pode estar mandando uma mensagem ao juízes federais, que ameaçaram entrar em greve após o afastamento de Gabriela Hardt e de outro magistrado que a substitui na 13ª Vara Federal de Curitiba.
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O quadro já se agravou a tal pronto, a promiscuidade é tal, que o presidente da República se reúne, em convescote, com quatro ministros do STF que estão se sentindo “atacados.” Foi na segunda-feira à noite, na residência de Gilmar Mendes.
O consórcio, o conluio, nem tenta mais disfarçar. O quarteto supremo foi pedir “ajuda” a Lula da Silva. Como assim, cara-pálida? Os poderes não são independentes? Ao STF cabe guardar a Constituição, mas na atual composição, o que eles mais fazem é política-partidária-ideológica.
Isso escancara a divisão do STF que, rachado, vai se enfraquecendo sobremaneira depois da ofensiva na veia do megaempresário Elon Musk, que escancarou a censura-ditatorial de Alexandre em relação ao X, antigo Twitter. Supremas togas e canhotos em geral estremecem.
Por fim, para compor o tripé da fragmentação do poderio do consórcio STF-Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira, tem mandado recadaços estrondosos à administração de Lula III.
Ele tem muito poder e deve liberar, nos próximos dias, a instalação de cinco CPI’s que podem atingir em cheio o líder vermelho, seus aliados e comparsas.
As investigações podem ter o poder de gerar novos pedidos de impeachment em desfavor do ex-presidiário. Arthur Lira vai ficando, dia a dia, politicamente falando, mais parecido com Eduardo Cunha. Lembram dele?
foto> Ricardo Stuckert, PR, divulgação