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Começo complicado!

Os primeiros 40 dias da administração Gean Loureiro em Florianópolis estão sendo os mais difíceis da história recente na Capital. Além do atual contexto de estrangulamento financeiro que dificulta a vida de nove em cada 10 prefeitos brasileiros, o alcaide chegou determinado a promover mudanças profundas – e necessárias – na paquidérmica e perdulária máquina municipal.

O timing de Gean está correto, mas já há quem diga que ele não esperava tantas dificuldades e resistências. Queixas que foram comuns também aos seus dois últimos antecessores: Dário Berger e Cesar Souza Junior.

Em meio à guerra travada com o funcionalismo público, a maioria parada por mais da metade deste período inicial de governo, Gean está acumulando outras dores de cabeça: nomeou uma “laranja” de Palhoça para a superintendência da Floram num dia e revogou a própria decisão em outro. Ato contínuo, viu seu secretário da Casa Civil, Filipe Mello, virar réu por improbidade administrativa e o PDT, um dos aliados da campanha, formalizar que não faz mais parte do governo. Deve, automaticamente, migrar para a oposição, engrossando o coro da “turma do contra”.

Segue o baile

Na sexta-feira, mesmo com a tentativa de intermediação da OAB, o sindicato dos servidores municipais não compareceu à reunião com comitiva do Executivo. Resultado: a greve continua, a população está pagando caro e o Judiciário sendo solenemente ignorado, tornando-se alvo de deboche. Momento delicado.

De camarote

Quem assiste, de camarote,  ao começo complicado da gestão Gean Loureiro é sua adversária na eleição do ano passado e ex-prefeita Angela Amin. Se ele conseguir colocar o trem nos trilhos, sai fortalecido. Caso contrário, Angela pode aumentar seu cacife eleitoral junto ao distinto público florianopolitano.

 

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