O resultado do volume de vendas do varejo restrito – sem atividades de material de construção e veículos- foi o mais expressivo no país no acumulado de 12 meses.
Enquanto Santa Catarina avançou 13,5% nas vendas e 12,8% na receita nominal, o Brasil registrou 2,0% e 2,2%, respectivamente, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (9). Já o varejo ampliado teve alta de 14,3%.
Em dezembro, o varejo catarinense teve alta de 10,2% no volume de vendas e 8,9% na receita nominal na comparação com o mesmo mês de 2016. Em relação a novembro, no entanto, teve queda de 3,3% nas vendas, por conta das compras antecipadas do Natal nas promoções da Black Friday, em novembro.
O segmento que puxou os números positivos em 2017 foi o de hipermercados e supermercados (25%), no acumulado do ano, impulsionado pela queda na inflação dos alimentos, que trouxe mais poder de compra para as famílias. Na comparação com dezembro de 2016 a alta foi de 23,7%
No acumulado do ano, dois setores que começaram a se recuperar foi o de equipamentos e material de informática, escritório e comunicação (24,2%), que amargaram um longo período de baixa nas vendas por conta da queda na demanda, e eletrodomésticos (10,0%), que começam a reagir com a melhora no acesso ao crédito. Já móveis (15,8%) e tecidos, vestuário e calçados (8,9%) encolheram em 2017.
Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, as particularidades do mercado catarinense foram essenciais para o estado ser um dos últimos a entrar e o primeiro a sair da crise. “Mercado interno consolidado, aumento da disponibilidade de crédito, queda nos preços dos alimentos e a retomada do emprego e renda provocam esta retomada. Em 2018 Santa Catarina deve manter essa trajetória de recuperação e a expectativa é de reação em todos os segmentos para que o varejo volte a apresentar volumes absolutos de vendas próximos ao que se via no período pré-crise, antes de 2014”, analisa Breithaupt.
O comércio brasileiro teve alta de 3,3% no volume de vendas em relação a dezembro de 2016- a 9ª variação positiva consecutiva após 24 taxas negativas – e variação de 2,6% na receita.