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Comitiva do AgroBrazil conhece capital nacional da maçã

O Sistema CNA e a Faesc levaram, na quarta (15), a comitiva de representantes de embaixadas da 8ª edição do AgroBrazil até o município de São Joaquim (SC), para visitar a Cooperativa Regional Agropecuária Serrana (Cooperserra) e a produção de maçã local.

Os diplomatas da Bélgica, Moçambique, Nigéria, Paraguai, Reino Unido e Uruguai, conheceram o processo de produção de maçã do planalto serrano de Santa Catarina. A cidade de São Joaquim é conhecida como a capital nacional da maçã, cultura que movimenta mais de 50% da economia local.

De acordo com a Cooperativa, o Brasil tornou-se um grande produtor de maçãs desde a metade dos anos 70. Os principais estados produtores são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Atualmente, o Brasil conta com uma safra anual acima de 1 milhão de toneladas, de qualidade reconhecida, sendo a Gala e a Fuji as variedades mais comercializadas.

O presidente da cooperativa, Mariozan Correia, explicou que possui atualmente 100 cooperados, 150 colaboradores diretos e mais de 500 indiretos. A cooperativa possui capacidade frigorífica de 17 mil toneladas para armazenamento de frios e 42 câmaras frigoríficas.

Correia destaca a importância que o programa AgroBR faz para toda a região. “Fomos um dos primeiros a fazer parte deste programa, que traz grande conhecimento e assessoria para nós, pequenos agricultores, no dia a dia, para nós entrarmos mais e mais no mercado da exportação”, destacou.

O grupo da missão do AgroBrasil conheceu de perto todo o sistema de produção da maçã na cooperativa – desde a lavagem, rigoroso processo de seleção até o armazenamento do produto.

Santa Catarina é líder nacional na produção de maçã, responsável por 1,29 milhão de toneladas de maçãs por ano. O empresário rural Ilson Castello Branco é produtor da fruta e ressaltou a importância do AgroBrazil.

“Nós, produtores e associados da Cooperserra temos muito o que agradecer à CNA e à Federação, que trouxeram representantes de outros países para conhecer a nossa produção. Nós poderemos no futuro até exportar para esses países que estão aqui representados”, afirmou.

O grupo de representantes de embaixadas realiza a missão até a próxima sexta (17) e conhece as principais cadeias produtivas de Santa Catarina. Alicia Perez, da embaixada do Paraguai, disse estar surpreendida com a capacidade produtiva do estado.

“Estamos tendo uma experiência maravilhosa em Santa Catarina. No Paraguai conhecemos somente a praia de Florianópolis, agora estou conhecendo melhor o que o estado oferece. Já conhecemos a ostra, o vinho a maçã, todos muito bons. Como país mediterrâneo, não produzimos ostras, e por questões climáticas também não produzimos maçãs e uvas”, disse.

São Joaquim – Localizada próxima à divisa com o Rio Grande do Sul, no planalto serrano catarinense, com verões frescos e baixas temperaturas no inverno, a cidade tem um clima propício para a produção da maçã.

Curiosamente, com as condições climáticas adequadas nos invernos, é um dos únicos lugares no Brasil em que já aconteceram precipitações de neve. A população estimada do município é de pouco mais de 27 mil habitantes.

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