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Confiança do empresário do comércio permanece baixa

O estudo avalia a opinião dos empresários do setor sobre sua percepção ao segmento comercial, cenário da economia atual e previsões de investimentos

O fim de 2015 foi pessimista para os empresários do comércio catarinense, a confiança do setor caiu 18,9% em dezembro, se comparado ao ano anterior. Os dados foram divulgados na Pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio​, realizada pela Fecomércio SC, em dezembro do ano passado. Já na comparação mensal, o índice subiu pouco, de 88 para 89,9 pontos percentuais chegando a uma variação de 2%, o que deixa o número ainda muito próximo ao menor resultado da série histórica, em um patamar considerado de pessimismo numa escala que vai de 0 a 200.
Na avaliação do presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, as expectativas para a economia brasileira ainda continuam baixas, com a previsão de um resultado do PIB negativo para o ano de 2016 no Brasil, o que reflete na percepção do empresário. “O momento atual da economia é de pessimismo, e acaba criando uma visão de insegurança quanto ao futuro, ainda que certa expectativa de melhora exista apenas para o segundo semestre do ano que vem. A queda anual do ICEC vem do menor dinamismo interno e que por sua vez, gera uma redução dos investimentos”, afirma Breithaupt.

pesquisa fecomércio
Segundo a Federação, a deterioração do mercado interno, devido às restrições ao crédito e o crescimento reduzido da renda e do emprego, contribuem para a desaceleração das vendas, gerando pessimismo e bloqueio dos investimentos, já que os empresários avaliam que o retorno do que foi investido não compensará mais seus custos.

Índice de Expectativa do Empresário do Comércio – IEEC

Com uma variação positiva de 2,1% ao mês – dos 128,3 pontos em novembro para 131 pontos em dezembro, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio – IEEC, foi o indicador que apresentou a menor queda anual -8,5%, comparado aos demais índices levantados pela pesquisa.“Esse resultado decorre principalmente da percepção de que os empresários estão conseguindo adaptar suas empresas comerciais à nova realidade do mercado, readequando seus estoques, ou diversificando os produtos vendidos. Com essa prática adotada os prejuízos são minimizados e as expectativas melhoram, afirma o economista da Federação, Luciano Córdova. Por outro lado, as expectativas para a economia brasileira como um todo ainda continuam baixas, já que se espera um resultado do PIB ainda negativo para o ano de 2016 no Brasil. A permanência dos indicadores acima dos 100 pontos demonstra a confiança do empresário do comércio nas vendas futuras, mas a cautela será a palavra de ordem do comércio nos próximos meses.
O Índice de Expectativa da Economia Brasileira – EEB, que faz uma leitura da economia como um todo: indústria, agropecuária, cenário internacional e ajuste econômico, apresentou no mês de dezembro de 2015, 105,5 pontos, sendo que em novembro estava em 102 pontos – variação positiva, de 3,4%. No ano, a queda foi grande -15,7%. Já o indicador que mede a Expectativa do Comércio (EC), que reflete as condições de venda, apresentou variação positiva de 2,0%, de 132,2 pontos em novembro para 134,9 pontos em dezembro; no ano a queda foi de -6,3%.O Índice de Expecativas das Empresas Comerciais – EEC, passou de 150,7 pontos para 152,7, expressando uma variação positiva de 1,3%. Entretanto, na comparação anual a queda foi de -4,7%. O indicador mede a percepção do empresário do seu negócio, de suas estratégias de vendas.

Foto: divulgação



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