Governo do Estado aposta na inovação para desenvolver localidades
Prefeitos, gestores e vereadores de quase 100 municípios do Estado participaram em Criciúma, nesta quinta e sexta-feira (21 e 22), do 4º. Congresso Catarinense de Cidades Digitais, em busca de soluções e informações sobre como inovar na administração pública. Inovação, aliás, é a aposta do Governo Estadual para fomentar o desenvolvimento dos municípios, tendo o primeiro passo a construção dos 13 centros de inovação, que podem impulsionar o surgimento de novos negócios e as economias locais.
Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina, Amandio da Silva Júnior, dois espaços já foram entregues (um em Lages e outro em Jaguará do Sul) e outros sete estão em construção. “Essa proposição de criação de ecossistemas em todas as regiões, estar lá com as suas bases, para tentar apoiar, incrementar e fomentar também a parte de inovação nos municípios de Santa Catarina”, ressalta o secretário.
Para Júnior, o processo de inovação começa pelos municípios, que devem se preparar para a nova economia emergente. “Nós precisamos inovar de forma rápida, urgente, e tem que começar pelos municípios porque é a base de tudo. Hoje o formato de gestão pública é muito burocrático, complexo, feito para não funcionar, e a inovação precisa fazer parte desse novo modelo de gestão pública para que as pessoas se sintam atendidas de forma diferente e que as suas demandas sejam de fato resolvidas”, comenta.
Ferramentas que visam melhorar a gestão e a prestação dos serviços públicos foram tratadas durante esta quarta edição do Congresso Catarinense de Cidades Digitais, promovido pela Rede Cidade Digital (RCD) em parceria com a Prefeitura de Criciúma. “Para ser cidade inteligente, o foco precisa estar no cidadão. Acho que essa é a mensagem que todos nós levaremos”, avalia o diretor de Tecnologia da Informação de Criciúma, Tiago Pavan.
Representantes de outros Estados como o vice-prefeito de Dois Irmão (RS), Jerri Meneghetti, e o diretor de Inovação da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência de Salvador, Ivan Paiva, trouxeram as experiências das duas localidades que têm se tornado destaque no cenário nacional pelos investimentos em tecnologia. “O Congresso trouxe diversas soluções mais próximas da realidade dos pequenos e médios municípios. Esse é o principal objetivo dos encontros da Rede Cidade Digital, aproximar gestores de tecnologias capazes de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico”, comentou o diretor da RCD.
Parauapebas, no Pará, foi outro destaque do evento pelo projeto Vilas Online, que vem resolver através da inclusão digital um problema social para uma população que não conta com acesso à internet e telefonia na zona rural. Com 200 mil habitantes e uma economia baseada na extração de minério, o município, localizado a 700 km da capital Belém, começa a conectar 28 comunidades rurais.
Serão 115 pontos de acesso de internet para beneficiar cerca de 15 mil pessoas. “Acho que a maior qualidade é essa visão social, de permitir a comunicação simples. Levar os serviços da Prefeitura é importante, pois vai abrir muitos aspectos, mas a comunicação social é a principal vertente do nosso projeto”, disse o secretário de Planejamento e Gestão, João José Corrêa.
A analista de sistemas da Prefeitura, Eliene Paixão, conta que as primeiras vilas devem receber conexão a partir de abril. O investimento total é de R$7 milhões e envolverá a iniciativa privada para implantação da infraestrutura e banda larga aos moradores. “Isso era um problema social que o governo municipal decidiu intervir. O projeto também dará novas oportunidades para os agricultores locais”, frisa.
O 4º Congresso Catarinense de Cidades Digitais teve o patrocínio master da Inovadora, PlayTable e CELK Sistemas; ouro da 1Doc, Betha Sistemas, Virtual Automação, OPT, Inova Telecom e Softplan/InnovaCity; prata da HAJ Info/Connect Info, VM2GEO, SC Ponto e Placar Municipal; bronze Portabilis e Bauhaus Sistemas; além do apoio do Hotel Ibis Criciúma e Interclass Hotel, das Associações de Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Foz do Rio Itajaí (AMFRI), Alto Vale do Rio do Peixe (AMARP), Vale do Itapocu (AMVALI), Alto Irani (AMAI), Alto Uruguai Catarinense (AMAUC), Médio Vale do Itajaí (AMMVI), Planalto Sul (AMPLASC), Região Serrana (AMURES) e Nordeste de Santa Catarina (AMURES); da Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática (ABEPREST), Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), da Associação Catarinense de Provedores de Internet (Apronet), da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC) e do canal Gerência Pública.