A vinda do vice-presidente nacional do PSL a Santa Catarina surtiu efeitos. Depois de quatro horas de reunião, na tarde de sexta-feira, o partido, que estava dividido em dois grupos, terá uma nova executiva estadual provisória. Construída em consenso entre as partes até então litigantes. Lucas Esmeraldino segue na presidência, mas aos demais espaços de mando partidário ficaram com os deputados federais e estaduais eleitos e diplomados.
A nova Executiva estadual do partido tem prazo de validade de 6 meses. A partir daí, uma nova nominata será escolhida.
O líder Felipe Estevão compõe a executiva e os outros cinco deputados estaduais que vão assumir agora em fevereiro ficaram como vogais. O consenso pode apaziguar os ânimos, mas ainda não se sabe o exato alcance que este acordo terá na base do partido, onde as feridas estão abertas. Uma demonstração de grandeza e maturidade das partes, que agora precisarão evoluir democraticamente na condução, nos atos e nas conversas que definirão o futuro do PSL-SC.
Deputado paranaense Francisco Francischini participou da reunião e ajudou a construir a solução. Ele coordena o PSL na região Sul do Brasil.
Lucas Esmeraldino não foi à reunião entre Rueda e os três deputados federais! A conferir os encaminhamentos nesta semana que se inicia.
Os nomes atuais
Presidente: Lucas Esmeraldino; Vice-Presidente: Caroline De Toni; Secretário-Geral: Daniel Freitas; 1º Secretário: Felipe Estevão; Tesoureiro: Coronel Armando;1º tesoureiro: Fábio Schiochet. Essa é a Executiva estadual do PSL para a direção nacional.
De saída
Prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, já decidiu que deixará o PSB. Deve desembarcar ainda no primeiro trimestre. O alcaide não decidiu se assina ficha no Podemos ou no DEM. A tendência maior é que passe a integrar o primeiro, que nacionalmente teve o senador Alvaro Dias como candidato a presidente.
Anemia
A saída de Oliveira é mais uma baixa de peso para o PSB em Santa Catarina. No ano passado, em pleno calor do segundo turno, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, decidiu, de forma unilateral, expulsar o também prefeito Luciano Buligon, de Chapecó. O oestino fez campanha para Jair Bolsonaro, enquanto a maioria do PSB nacional alinhou-se ao petista Fernando Haddad. Buligon segue sem partido e ainda não definiu a nova sigla, o que deve ocorrer somente no fim de 2019.
Tibieza
O PSB saiu forte das eleições municipais de 2016 no Estado. Além dos dois prefeitos citados, elegeu também o chefe do Executivo de Brusque, Jonas Peagle. No ano passado, a legenda chegou a contar com quatro prefeitos de cidades muito importantes. Foi no período compreendido entre a renúncia de Napoleão Bernardes, em Blumenau, abrindo caminho para a posse de Mário Hildebrandt (PSB), e a expulsão de Bulingon, já no segundo turno. Naqueles meses, o PSB controlava as prefeituras de Blumenau, Balneário, Chapecó e Brusque.
Além-mar
O partido entra em 2019 sem Chapecó, perde Balneário Camboriú e pode haver novas baixas, muito embora Peagle e Hildebrandt não sinalizem na direção do desembarque neste momento.
Presidente estadual do PSB, Paulo Bornhausen, acompanha os desdobramentos diretamente de Miami, onde passa férias com a família. Em fevereiro, ele vai se reunir com os prefeitos, deputados e líderes para avaliar o quadro.