Manchete

Consórcio inovando

A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal continuam inovando. Continuam se superando. Vejam só, a modalidade de prisão é agora nos finais de semana.
Foi o que ocorreu no último sábado. O general quatro estrelas Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil, ministro da Defesa, interventor no Rio de Janeiro, função para a qual foi nomeado por Michel Temer e, por último, tornou-se candidato a vice de Jair Bolsonaro no pleito de 2022, foi preso. É prisão preventiva, mas com base em quê? Não se sabe, o sigilo foi quebrado só ontem, domingo, mas a motivação seria a curiosidade em saber sobre a delação de Mauro Cid, militar, que assessorou Jair Bolsonaro.
A sensação que dá é que procuraram, no contexto do consórcio Planalto-Supremo, desviar a atenção para aquilo que vinha, evidentemente, atraindo os olhares do povo brasileiro, que era o estado de saúde de Lula da Silva. Não de Lula da Silva, pessoa física, mas do presidente da República.

Próximo da fila

Isso é um tema de Estado, a saúde do inquilino do Palácio do Planalto. Mas não foi só isso.
Também se trata de mais um movimento dentro daquela narrativa de fechar o cerco na direção de Jair Bolsonaro. Ele seria o próximo da lista, vão prendê-lo? O colunista duvida que isso ocorra.

Peito

Não terão coragem de prender Jair Bolsonaro. Não vão se arriscar. É uma operação de elevadíssimo risco, justamente porque a incógnita é como a opinião pública brasileira reagirá diante disso.

Doses homeopáticas

O sentimento que fica é que são movimentos, iniciativas para cada vez mais desgastar a figura do ex-presidente da República. É mais uma pedrada que se soma a tantas coisas. Ele já foi indiciado e acusado de tantas “barbaridades” e a mídia chapa branca, a mídia nacional, 90% dela, noticiando de acordo com os interesses do consórcio.

Pop star

Apesar de toda a divulgação, da massificação desse tipo de informação, Jair Bolsonaro continua circulando pelo Brasil, sendo ovacionado e, porque não dizer, recebendo o carinho de parcela considerável da sociedade brasileira.

Contraste

Diferentemente de Lula da Silva, que não consegue circular por uma rua de qualquer cidade do interior, centro urbano de qualquer estado brasileiro. Simples assim. Mas o que se observa hoje, lamentavelmente, é um protagonismo de quem não tem voto. Os que não têm voto, não têm popularidade, estão no poder.

Ditadura da toga

Não cabe ao Supremo Tribunal Federal ter a relevância que deseja. Não cabe aos ministros ficar constantemente dando declarações, palestras dentro e fora do país, se posicionando, ou seja, ignorando aquele recato, aquela liturgia do cargo de um magistrado.
O Judiciário, especialmente o STF, tornou-se um poder desmoralizado, completamente desmoralizado. E mais do que isso, o Brasil atual não é mais uma democracia, é uma tirania.

Exceção

Vivemos um estado de exceção, onde prevalece o arbítrio. Simples assim. Esta é a realidade. Resta saber por quanto tempo isso perdurará, porque já está chegando no limite do aceitável.
O brasileiro não aguenta mais estas barbaridades praticadas. Uma hora, parece inevitável, a reação virá. Reação ao que representa hoje falta de liberdade e prevalência da censura. Fiquemos com essa reflexão para esta nova semana que se inicia.

foto>Ricardo Stuckert, PR, divulgação

Sair da versão mobile