Consórcio interestadual
Jorginho Mello participou, na sexta e no sábado, da reunião dos governadores do Cosud, o embrionário consórcio dos mandatários das quatro unidades federadas do Sudeste e as três do Sul. O encontro ocorreu em Belo Horizonte. O anfitrião, Romeu Zema, governador de Minas que recentemente esteve em SC, fez uma menção honrosa ao estado. Mais uma vez.
Refere-se a Santa Catarina como referência de padrão, um estado que deu certo. Por aqui, não há petróleo, minerais como em outras unidades.
Não temos vastas terras agricultáveis em extensão como o Paraná. E também não existe, no território catarinense, uma coleção de empresas estatais. Só temos a Eletrosul, a maior do Sul, mas que já teve mais importância.
É um estado redondo, de um povo trabalhador, compenetrado, focado com base numa colonização com três etnias fantásticas: açorianos, alemães e italianos.
Força do trabalho
Além disso, Santa Catarina tem perfil essencialmente empreendedor, potencialmente exportador. Dependendo da região, há uma potencialidade diferente. A economia é diversificada, com maioria de microempresas e pequenas propriedades rurais.
Negatividade
Só um índice que nos envergonha. O de saneamento, que é um problema crônico do Brasil.
O encontro marcou a disposição dos sete governadores de buscar a oficialização desse consórcio. Até hoje, houve reuniões informais entre a turma do Sul e do Sudeste.
Aprovação
A ideia é que os sete mandatários apresentem às Assembleias Legislativas de seus estados um projeto de lei padrão, apresentado durante o encontro de Minas.
Nova rodada
A próxima reunião, em julho, será na Capital catarinense. A pretensão é que todos aprovem esses projetos antes do recesso do meio do ano.
Independência, ainda que tardia
Jorginho Mello colocou com pertinência que esses estados não podem ficar dependendo da União. Claro que vão pressionar em Brasília por um pouquinho mais de recursos, ficar mendigando nossos próprios recursos para burocratas experimentados em dizer não, mas as unidades do Cosud precisam caminhar com as próprias pernas.
Custo alto
Evidentemente que para obras estruturantes dependendo da União. Agora, como o Brasil caminha para o abismo rapidamente, os governadores do Cosud buscam uma tábua de salvação.
Desvairado
Não podemos ficar à mercê de um presidente da República sem eira nem beira. Lula da Silva está completamente fora de qualquer padrão. O jornal O Estado de S.Paulo definiu muito bem o governo: “Lula perdido da Silva”. É uma tranqueira só. Lula III não chega nem perto daquele Lula de 20 anos atrás.
Contra o tempo
Os estados não querem ficar dependendo da União, e daqui a pouco o Centro-Oeste vem junto com o Sul e o Sudeste. Isolando o Norte e o Nordeste, regiões absolutamente dependentes da União. São os mais atendidos e o que apresentem o menor retorno para seus habitantes. Ali está o grande nicho do Bolsa Família, o bolsa-voto que não tira ninguém da miséria.
Avançando
A próxima reunião, em Florianópolis, será decisiva para a “independência” dos sete estados. Representam 56% da população e mais de 60% do PIB e são unidades federadas que vão exercer influência direta na pauta do Congresso Nacional.