O projeto é idealizado pelo deputado federal Daniel Freitas (PL-SC)
Em 2020, o sul do Brasil sofreu grandes estragos em função do ciclone-bomba. Diversas regiões foram devastadas e infelizmente aquela tragédia causou treze óbitos – onze em Santa Catarina, uma no Paraná e outra no estado do Rio Grande do Sul. Em função do desastre, o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC), na época também presidente da Frente Parlamentar para o Programa Espacial Brasileiro, reuniu-se com o então Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e hoje senador pelo Partido Liberal de São Paulo, Marcos Pontes, para idealizarem em conjunto algo grandioso que pudesse antever com mais precisão as intempéries.
A Agência Espacial Brasileira, na época sob o comando de Carlos Moura, também abraçou a ideia e criaram então o projeto intitulado de “Constelação Catarina”. Tratam-se de nanossatélites (cada nanossatélite é equivalente ao tamanho de um drone) que revolucionarão a meteorologia brasileira e, consequentemente, diante da maior previsibilidade, salvarão vidas. Estes satélites também ajudarão muito no chamado agro 4.0 e nas “smart cities”, que são as cidades inteligentes que usam tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Hoje as principais “smart cities” do mundo são Canberra, Genebra, Singapura, Copenhague, Lausanne (Suíça), Londres, Helsinque, Abu Dhabi, Oslo e Nova York. No Brasil, considera-se “cidades inteligentes Florianópolis, Vitória, São Paulo, Curitiba, Niterói, Balneário Camboriú, São Caetano do Sul e Belo Horizonte.
A FIESC e o ‘Sistema S’ também abraçaram este projeto e estão trabalhando para tirar a Constelação Catarina do papel. “Foi uma iniciativa provocada pelo Deputado Daniel Freitas aqui para o Instituto Senai de Inovação para que construíssemos nanossatélites em Santa Catarina. Este desafio foi aceito e estamos aqui agora mostrando os protótipos desta Constelação que vai trazer muitos benefícios. O deputado trouxe o recurso de Brasília para que pudesse suportar os investimentos, que são significativos”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
O deputado Daniel Freitas esteve hoje na FIESC para ver de perto como ficou o protótipo. “Depois de cinco anos de estudos e muito trabalho, dois nanossatélites da Constelação Catarina já estão prontos para serem lançados em órbita. Com certeza esta é uma grande vitória. É um projeto de altíssima complexidade, e, inclusive, outros países como o Japão (que tbm sofre muito com intempéries climáticas), já sinalizaram interesse na nossa Constelação. É um trabalho pioneiro que vai levar o nome do estado de Santa Catarina para o mundo”, disse Freitas.
Segundo Paulo Alberto Violada, pesquisador-chefe no Instituto Senai, a fase de implementação do projeto já está na fase final e estará disponível para lançamento a partir de junho deste ano.