Coluna do dia

Contagem regressiva

O período pré-eleitoral está chegando ao fim. Até o dia 16 de agosto, os partidos terão que ter encaminhado as nominatas e coligações à Justiça Eleitoral. É o último prazo para essa fase turbulenta e normalmente tumultuada.
Na sequência, se inicia a campanha.
Pelos lados da província Barriga-Verde já estão estabelecidas 9 candidaturas ao governo do estado bem como 11 ao Senado.
Só que na corrida sucessória existe ainda uma posição aberta. O vice de Décio Lima, o petista que lidera o frentão canhoto no estado. A confusão está formada entre o PT e o PSB.

Guerra de informação

O petista deixou clara sua preferência por Bia Vargas, microempreendedora do Sul catarinense. Ela concorreu a vice-prefeita de Içara em 2020. É mulher e negra. Daria alternativa de discurso a Décio, dentro das tradicionais bandeiras do marketing comunista.

Alto lá

Só que essa intromissão do PT nas questões socialistas acabou incomodando Cláudio Vignatti, o dirigente estadual da sigla socialista. O partido fechou questão em torno de outros dois nomes para a composição de vice.

Oeste e Norte

A vereadora de terceiro mandato em Chapecó, Marcilei Vignatti (esposa do presidente estadual do PSB) e o ex-vice-prefeito de Joinville, Rodrigo Bornholdt.

Mal-estar

A queda-de-braço estabeleceu um clima desconfortável entre a canhotada. Vale lembrar que Cláudio Vignatti foi, durante muito tempo, filiado ao PT. Período no qual conviveu com inúmeras diferenças com o próprio Décio.
Vignatti sempre esteve mais alinhado com José Fritsch. Militavam em tendências diferentes dentro do partido vermelho. Décio, a seu turno, era mais sintonizado com Ideli Salvatti.

Movimento

Agora alguém tem que ceder. Décio Lima tem deixado claro que não abre mão de Bia Vargas. Mesma posição, até aqui irredutível, do PSB em relação a Marcilei e a Bornholdt.

Bla bla blá

Tem pessebista dizendo por aí que o partido pode sair da frente esquerdista. Bobagem. Puro blefe.

Voo solo

O PDT lançou chapa pura com Jorge Boeira numa aventura para dar palanque a Ciro Gomes. Obviamente que o PSB não fará o mesmo. O partido da pomba branca está alinhado a Lula da Silva no plano nacional.

Manobra

Ocorre que Décio Lima, antes mesmo de ser homologado candidato ao governo pelo PT e aliados, havia ofertado o espaço para Gelson Merísio. O próprio Décio pode tomar essa decisão e fim de papo. Seria aquela história de colocar o bode na sala e depois apresentar a solução, o tertius que pode ser o que realmente almeja o petista.

Bico fechado

No PSDB também o clima é péssimo. Leonel Pavan está se sentindo traído. Entende que levou uma rasteira de aves de rapina, sinalizando na direção do ex-amigo Dalirio Beber, que foi indicado vice de Esperidião Amin, vaga que era pleiteada pelo ex-governador. Pavan está fora da campanha. Para trazê-lo novamente ao jogo, somente mesmo Esperidião Amin.

Timing
Amin, aliás, não tomou conhecimento da gravação feita por Jair Bolsonaro em favor de Jorginho Mello e Jorge Seif.
Resta saber se o presidente da República virá a Santa Catarina para subir no palanque de Mello. Improvável. Nada impede, ainda, que ali adiante Bolsonaro possa gravar em favor de Amin, de quem é amigo há mais de 30 anos.

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