Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início de agosto, o Banco Central iniciou sua política de redução nas taxas de juros. “A queda da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual foi o primeiro corte dos últimos três anos, com valor acima do esperado por grande parte das instituições financeiras. Embora os efeitos ainda possam demorar a aparecer na economia, a sinalização de que os juros devam seguir caindo até o fim do ano, segundo o Banco Central, demonstra melhores perspectivas para a atividade industrial no estado”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, realizada pelo Observatório FIESC em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a demanda interna insuficiente, as elevadas taxas de juros e carga tributária estão entre os principais problemas enfrentados pela indústria catarinense, no segundo semestre de 2023.
O longo ciclo de aperto monetário enfrentado no país foi determinante para a redução dos investimentos em capital fixo, da demanda por insumos industriais e do nível de consumo de bens duráveis observados neste ano. Esse cenário mais restritivo se refletiu no resultado negativo das condições atuais da economia — outro componente do ICEI.
“Em relação às condições atuais da economia, o índice se manteve próximo dos 41 pontos em agosto, e tem seu valor em menor nível desde 2020. A queda desse indicador é influenciada, sobretudo, pela percepção de piora na economia brasileira em relação aos seis meses anteriores, em linha com a desaceleração na demanda doméstica”, afirma Vicente Heinen, economista do Observatório FIESC.