Coluna do dia

Cunha na pauta

Cunha na pauta

A vida nacional começa a voltar ao “normal” após as férias, recessos e o Carnaval. É fácil constatar que boa parte dos temas remonta a 2015, em alguns a 2014, e por aí afora. Além das medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara dos Deputados – entre elas a que reduz o número de ministérios de 39 para 31 – o assunto desta terça-feira deve ser a reunião do Conselho de Ética. O colegiado volta a discutir os encaminhamentos de cassação acerca do processo a que responde internamente o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

Pra variar, o caso é cercado de manobras, polêmicas e muito contorcionismo político. No curto interstício compreendido entre a volta do recesso parlamentar e o Carnaval, o vice-presidente da Casa, aliado de Cunha, Waldir Maranhão, do PP, anulou o relatório que determinava a continuidade do processo. O peemedebista, enrolado até o pescoço em denúncias de corrupção, é acusado de quebra de decoro parlamentar no âmbito da Câmara dos Deputados.

A canetada do aliado de Cunha faz o processo retornar praticamente à estaca zero, ingrediente suficiente para fazer subir a temperatura no Conselho. Enquanto isso, Dilma foi a São Paulo abraçar Lula, um verdadeiro abraço de afogados; a inflação e o desemprego seguem em alta; vários impostos foram majorados e a economia mantém-se em queda livre.

 

 

Mudanças

Além do deputado Mário Marcondes, que pode trocar o PR pelo PSDB, outro estadual avalia um novo panorama partidário. Trata-se de Ricardo Guidi, que poderia desembarcar do PPS e assinar ficha no PR, que assim preservaria dois parlamentares na em sua bancada na Alesc. Em compensação, o PPS perderia os únicos deputados eleitos em 2014: Guidi e a deputada federal Carmen Zanotto, já com um pé no PSB.

 

 

Abre vaga

Também especula-se que o deputado Jorginho Mello pode vir a ser o primeiro suplente de Raimundo Colombo, que tem tudo para disputar o Senado em 2018. Assim, abriria espaço para o filho, Filipe Mello, secretário de Estado do Turismo, disputar uma vaga na Câmara Federal. A conferir!

 

 

Carta a Lula

“E aqui começa o seu desvio de uma carreira política que poderia tê-lo consagrado como autêntico líder para um país ainda em busca de desenvolvimento. Você deixou escapar das mãos a oportunidade histórica de liderar a implantação de urgentes mudanças estruturais na máquina do poder público. Como bem lembrou Frei Betto, seu amigo e colaborador, você, liderando o Partido dos Trabalhadores, abandonou um projeto de Brasil para dedicar-se tão somente a um ambicioso e impatriótico projeto de poder, acomodando-se aos vícios da política tradicional.” Trecho da Carta Aberta que o ex-prefeito de São Bernardo do Campo (1977-1983), Tito Costa, escreveu ao ex-presidente. Aos 92 anos, ele guarda detalhes dos fatos que levaram Lula da Silva a surgir para o cenário nacional e mundial, pois acompanhou in loco o nascimento do líder sindicalista.

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