O senador Dalirio Beber (PSDB) comentou a proposta do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, a “Agenda Brasil’, que foi ampliada para 43 itens, como forma de contribuir com a recuperação econômica no país. De acordo com Renan, a votação de projetos que têm convergência com essa agenda começa na próxima semana, com o projeto que dá fim à desoneração das folhas de pagamento de vários setores da economia (PLC 57/2015). Esse é o último projeto do ajuste fiscal proposto pelo Executivo e sua votação abrirá caminho para matérias que já tramitam no Senado e têm ligação com os eixos principais da agenda.
Para Dalirio, todas as questões da agenda, que incluem, por exemplo, o pacto federativo, surgiram agora como “tábua de salvação”. “Tudo isso vem sendo sentido e reclamado pela sociedade há muito tempo”, disse.
“Causa espanto que de uma hora para outra, essa pauta de 43 itens tenha surgido como se fosse algo novo para a população”, completou. O senador tucano também comentou o movimento social, que anuncia uma grande manifestação popular contra o governo federal, para esse domingo, 16.
“Não é um movimento do partido, mas os membros do PSDB estão todos convidados. Já participamos de outras manifestações e vamos participar dessa, para expressar um descontentamento que a sociedade brasileira tem com o estado de coisas que se vive agora. A desilusão e desencanto nasceram em função do que foi dito durante o processo eleitoral do ano passado, agora, mais do que comprovado, que não era verdade”, afirmou.
Para o senador, a indignação da sociedade brasileira é, em primeiro lugar, pela mentira, e em segundo, por não ver no governo uma ação que seja coerente com o seu discurso.
“E as dificuldades todas enfrentadas por esse governo, não são fabricadas pelos partidos da oposição. A dificuldade que o governo hoje enfrenta, e por isso que o Brasil está engessado, é a falta de credibilidade do poder central da presidente em se relacionar com os partidos de sua própria base. O próprio PT, na Câmara e no Senado, tem se posicionado contrário às medidas que foram editadas pelo Executivo. É sinal que falta coerência no próprio governo. A oposição está fazendo o papel que a democracia lhe determinou, que é fiscalizar e cobrar as ações do governo”, completou. Na foto, Rodrigo Janot (procurador-geral da República, Paulo Bauer e Dalirio.
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