Como o 61º inscrito, já eram 3h45m da manhã de quinta-feira, 12 de maio de 2016, quando o senador Dalirio Beber (PSDB-SC), justificou, no plenário do Senado Federal, porque é favorável a admissibilidade da abertura do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
O senador catarinense destacou a legitimidade do processo, que seguiu rigorosamente o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, “sendo, portanto, irretocável, e contra ele nada pode se insurgir”.
Também registrou o amplo direito de defesa concedido à presidente Dilma, e o trabalho impecável na Comissão Especial do Impeachment no Senado, ressaltando o relatório do Senador Antônio Anastasia, “que com absoluta e total serenidade, apesar dos momentos tensos vividos nos debates mais acalorados, foi preciso em suas letras ao deixar clara a existência do cometimento de crimes de responsabilidade por parte da Presidente da República, fundamentando e legitimando o prosseguimento do processo de impeachment”.
“Por isso, convencido da constitucionalidade do processo de impeachment, convencido, ante o que consta do relatório do Eminente Senador Antônio Anastasia, da ocorrência de crimes de responsabilidade, praticados pela Presidente da República, e, finalmente, convencido de que a Presidente não mais reúne condições de credibilidade para o enfrentamento da grave crise a que está submetido o Brasil, manifesto-me a favor do prosseguimento do processo de impeachment.
Para Dalirio, o governo federal foi inviabilizado por uma presidente da República inepta, “e que, infelizmente, precisa ser afastada o mais rapidamente possível para permitir que se dê início à tão difícil, mas desejada e indispensável, reconstrução nacional”.
“O eco do clamor das ruas foi ouvido pelo Congresso Nacional, e disto deve ficar uma lição para o governo que se inicia amanhã. Governo que não poderá estar distante da sociedade, além de trabalhar com o propósito diário, de governar para melhorar a vida de todos os brasileiros. Que a esperança retorne a todos nós! Viva a democracia brasileira! Força e fé para este novo Brasil!”, concluiu.
Dilma Rousseff será afastada durante 180 dias, e o julgamento final será presidido pelo presidente do STF. Para condenar a presidente e tirá-la definitivamente do cargo, será necessário apoio de pelo menos 54 dos 81 senadores.
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