O senador Dário Berger, o vice-prefeito de São José, Michel Schlemper, o ex-deputado Djalma Berger, o ex-deputado Mauro Mariani e o ex-prefeito de Governador Celso Ramos, Juliano Campos, tomaram café com Geraldo Alckmin em São Paulo neste sábado de Carnaval.
Significa que Dário está se mexendo, de fato, para filiar-se ao PSB. Como de costume, o senador estava com um pé em cada canoa, enrolou demais tentando permanecer no MDB desde que conseguisse a indicação para ser candidato a governador e perdeu o timing.
Neste ínterim, o ex-deputado Gelson Merisio se mexeu nos bastidores e fechou com o ex-presidiário Lula da Silva. Em princípio, vai coordenar a campanha do ex-mito em Santa Catarina. Não está descartada a possibilidade de Merisio integrar a majoritária.
Dario Berger foi engolido pelos fatos. Décio Lima sinalizou que se ele conseguisse arrancar a indicação para ser candidato a governador pelo MDB para dar palanque ao ex-sindicalista, as siglas canhotas poderiam fechar com ele.
Só que essa hipótese não existe mais. O MDB tem pré-candidato e não quer o senador. Ocorre que hoje a ligação de Décio Lima é com Gelson Merisio. Dário Berger está tentando agora chegar lá via Geraldo Alckmin. Ou seja, ficou mais difícil para ele liderar esta frente de esquerda em Santa Catarina. Ele ficou pra trás ante a articulação sem pé e nem cabeça de Gelson Merisio.
Sempre lembrando que Dário Berger votou pela cassação da inepta Dilma Rousseff em 2016, algo que os raivosos do PT não vão perdoar.
Uma breve observação: o leitor mais atento vai perceber a quantidade e de ex no texto. O poder atrai. É irresistível para determinadas figuras. Tanto que querem voltar a ele a qualquer custo.