Senador Dário Berger (PMDB) posicionando-se, via mídia, como um “crítico” daquilo que está chamando de indecente acordo entre seu partido e o governo federal que, basicamente, implica em mais cargos e ministérios em troca do apoio peemedebista a Dilma Roussef no Congresso.
O curioso, para dizer o mínimo, é que o senador, que vem votando com fidelidade canina ao Planalto, não sossegou enquanto o renomado técnico Márcio Zimmermann não foi apeado da presidência da Eletrosul para ceder lugar ao irmão dele, o ex-prefeito de São José, Djalma Berger.
Curiosa também é a postura dos seis deputados federais do PMDB de Santa Catarina. Eles subscreveram manifesto de um terço da bancada federal da legenda, detonando as negociatas envolvendo o partido e o governo Dilma. O detalhe é que o sexteto foi fiador da degola de Zimmermann para ascensão de Berger, político profissional, ao comando da maior estatal federal do Sul do país.
Nesta segunda à noite, as bancadas do PMDB se reúnem com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira para deliberarem sobre este tema e também acerca da eleição internas na sigla. O blog está curiosíssimo para saber se o posicionamento dos peemedebistas, aparentemente contrário ao espúrio acordo no contexto federal, virá acompanhado da notícia do desembarque da Djalma Berger da Eletrosul.
Foto: Waldemir Barreto, ag. Senado, arquivo