O tradicional almoço da bancada emedebista de todas as terças-feiras, na Assembleia Legislativa, contou com a presença do senador Dário Berger e do diretor do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), e ex-vice-governador Eduardo Pinho Moreira.
Os dois se escalaram para participarem na véspera da agenda ampliada do pré-candidato emedebista ao governo, Antídio Lunelli, na própria Alesc.
O ainda prefeito de Jaraguá do Sul vai conversar individualmente com os deputados nesta quarta-feira depois de ter almoçado, sábado, com o presidente da Assembleia, Moacir Sopelsa.
Curioso, para dizer o mínimo, essa parceria Dário-Moreira. Dupla que sempre viveu às turras no ambiente partidário agora está junta para defender o interesse de Moisés da Silva, que quer o MDB pra chamar de seu. Os dois sempre foram rivais dentro da sigla. Em 2010, Moreira bateu Dário nas prévias e depois abriu mão da cabeça de chapa em favor de Raimundo Colombo e a aliança com o PSD.
O agravante é o que o interesse partidário não está na pauta. Moreira atua dessa forma em agradecimento ao governador, que o nomeou numa generosíssima diretoria do BRDE, onde tem todas as mordomias, como carro, celular, secretário, motorista, à disposição. Sem falar da média salarial de cerca de R$ 60 mil mensais.
Quanto a Dário Berger, ele se presta a este tipo de papel no momento em que está acertado com o PSB e já divulgou até a despedida do MDB. Ele insiste, contudo, que ainda deseja ser o candidato emedebista ao governo.
Também curiosa é a posição dos deputados, que recebem os dois em almoço. Observação que vale sobretudo para o ainda senador, sempre envolvido em alguma jogada mirabolante, sempre querendo ser mais esperto do que a esperteza!