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Manchete

Dário fora da majoritária e o desafio do “novo” Moisés em 2022

À medida em que o calendário avança, o cenário vai ficando mais claro em todas as frentes. Na esquerda, o triunvirato Décio Lima, Gelson Merisio e Jorge Boeira fez questão de almoçar numa restaurante bem conhecido da Capital.
Justamente para tornar a reunião-almoço um fato político. À mesa estavam PT, PDT e SDD.
O outro parceiro mais estratégico do grupo esquerdista é o PSB, capitaneado pelo ex-deputado Cláudio Vignatti.
E a estrela da legenda é o neo-socialista Dário Berger. Ao ficarem de fora do ágape, os pessebistas reagiram com boa dose de amargor.
Do jeito que as coisas se encaminham, o atual senador do PSB vai ter que concorrer a deputado. Explica-se. Enquanto Dário insistia em tentar a indicação pelo MDB, partido que não o queria, as negociações da esquerda avançavam em Santa Catarina. Sob a batuta de Décio Lima, amigo e compadre do ex-mito Lula da Silva. Que deu aval total ao catarinense para construção local.

A reboque

É zero a chance de o PSB partir para uma aventura em chapa pura. Ainda mais considerando-se que as outras sete legendas canhotas do frentão estarão todas juntas.
O Cidadania, que também é esquerdista de alma e coração, está federado com o PSDB.

Parceria

Moisés, aliás, segue assediando o MDB. Avisou que permitirá que o presidente da Alesc, Moacir Sopelsa, assuma o governo em mais de uma oportunidade daqui até a campanha eleitoral.

Na mira

Filiado ao Republicanos, o governador tem o Podemos e deve ter o PSDB. Se trouxer o MDB, seu projeto ganha muito corpo, com claras perspectivas de segundo turno. Pelo menos na teoria política.

Diluição

Sobraria uma vaga a ser disputada por Jorginho Mello, Esperidião Amin, Raimundo Colombo e Gean Loureiro. Mais as esquerdas.

Cabeças

Cenário que favorece a leitura de que Amin e Colombo devem compor. E como ficaria o ex-prefeito da Capital? Fechará com Jorginho Mello ou vai se aventurar em uma candidatura sem apoio político, mas com recursos à disposição, considerando-se que o União Brasil tem generosos fundos partidário e eleitoral? A conferir.

Discurso e prática

Outro aspecto. Moisés da Silva tem recebido o apoio de prefeitos e deputados do MDB. Em seus posicionamentos e discursos. Agora se isso vai se transformar em votos para o candidato à reeleição, daí já é outra história.

Pé na estrada

Somente com grande engajamento e empenho é que essas lideranças poderão transformar o apreço pelo governador em sufrágios nas urnas.

Lado

Uma das dificuldades que Moisés enfrentará na campanha, independentemente do tamanho do apoio partidário que venha a conseguir, concerne à mudança quase que radical de seu figurino de candidato de direita e bolsonarista em 2018 para um governador de centro esquerda (para ser ameno no termo). Uma das lideranças mais próximas de Moisés hoje é uma esquerdista histórica e convicta: a deputada Paulinha filiou-se ao Podemos. Aliás, o Podemos parece muito mais uma questão de conveniência eleitoral. Sem falar no MDB, tratado com deferência desde antes do início da gestão Moisés.

foto>Roque de Sá, Ag. Senado, arquivo, divulgação

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