Coluna do dia

Dário fora do jogo sucessório

Dário fora do jogo sucessório

O pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) condenou, no fim da tarde desta segunda-feira, o ex-prefeito Dário Berger (PMDB), hoje senador da República, no rumoroso caso do show do tenor Andrea Bocelli, que nunca aconteceu na Capital, em 2009. O peemedebista foi o ordenador primário da despesa de R$ 2,5 milhões (hoje R$ 4,3 milhões atualizados), valor que ele e outros quatro envolvidos devem devolver ao erário, de acordo com a corte de contas. O placar unânime dá musculatura à decisão. Confirmada a condenação, Berger, muito embora a decisão não tenha citado este fato especificamente, passa a ser automaticamente alcançado pela Lei da Ficha Limpa. E está fora do páreo sucessório estadual, modificando o quadro para 2018. O senador está inelegível por oito anos. Internamente, o deputado Mauro Mariani e o próprio Eduardo Pinho Moreira saem fortalecidos. Mas todas as costuras no PMDB indicam que Mariani deve assumir a presidência do partido, condição que o torna o favorito para encabeçar a chapa majoritária no próximo pleito estadual.

 

 

Detalhes

Na quinta-feira passada, o conselheiro Júlio Garcia acolheu pedido da defesa de Dário Berger, transferindo para esta segunda, o julgamento. Foi apenas um gesto, para não denotar má vontade para com o peemedebista. Uma vez condenado, Dário Berger pode recorrer ao próprio tribunal, mas a chance de reverter o quadro é próxima de zero. Importante frisar, também, que o recurso não tem efeito suspensivo, ou seja, ele segue inelegível durante o período que estiver recorrendo no TCE.

 

 

Sucessão

Deputado Mauro Mariani é a bola da vez no PMDB após a condenação de Dário Berger. Ele e o presidente interino, Valdir Cobalchini, conversaram reservadamente na segunda-feira à noite. Estão acertando os ponteiros para que Mariani assuma o comando do PMDB em outubro. Em 2017, Cobalchini voltaria ao comando da sigla.

 

 

Fato novo na Capital

Ex-presidente do Conselho Federal de Medicina, o médico Roberto d’Ávila, que se destacou em âmbito nacional pelo combate ferrenho do Programa Mais Médicos (também tem no currículo a autoria do programa de governo do falecido Eduardo Campos no setor saúde), assinou ficha no PSB nesta terça, em Brasília. Ele é a aposta do partido, pilotado no Estado por Paulo Bornhausen, para a eleição municipal em Florianópolis.

 

 

Mais nomes

Empresário e professor Gualgiero Piccoli também entrou para as hostes do PSB. O vice-prefeito de São José, ex-deputado José Natal, é o próximo. Deve assinar ficha no dia 24. Não foi a Brasília ontem por problemas de saúde.

 

 

Dilma quer CPMF

O governador Raimundo Colombo participou de um jantar oferecido pela presidente Dilma Rousseff somente aos mandatários considerados aliados, categoria na qual o catarinense está inserido, segunda à noite. Dezoito governadores cruzaram talhares com a presidente. O resumo da ópera: Dilma chamou a turma para tentar seduzir os governadores a apoiarem a recriação da CPMF, acenando com a possibilidade de destinar uma parcela maior do bolo aos  Estados.

Sair da versão mobile