De ponta
O governador diplomado, Jorginho Mello, segue surpreendendo na formação de seu secretariado.
Além da primeira leva de 11 nomes já anunciados, todos muito bem aceitos, nesta semana veio o anúncio de Alice Kuerten para a Secretaria da Ação Social, Mulher e Família.
Jorginho não poderia ter encontrado nome mais credenciado. Trata-se de uma mulher com enorme experiência no voluntariado, além de ter ajudado a criar o Instituto Guga Kuerten, entidade que leva o nome de seu filho. Guga, registre-se, foi um desportista de categoria mundial, conhecido e reconhecido, também, por sua simplicidade e humanidade.
Dona Alice Kuerten é praticamente uma unanimidade.
Estamos falando de uma família de boa cepa, da Capital, respeitada e conceituada. Foi um golaço do governador. Alice perdeu o marido muito cedo e teve a missão, muito bem sucedida, de criar os filhos depois da morte precoce de Aldo Kuerten.
Da área
Na Comunicação, o nome escolhido pelo governador foi João Evaristo Debiasi. É dono de um currículo invejável, profissional qualificado. Debiasi já atuou na mesma função na gestão de Raimundo Colombo. Antes de aceitar o desafio de voltar a Santa Catarina, o futuro titular da Comunicação conversou com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, de quem é secretário da mesma pasta desde março de 2020.
Partidão
Pois muito bem. Dito isso, também não podemos deixar de pontuar que o PL vai tentando se ajeitar neste cenário. Alguns nomes agradam ao partido aqui no Estado, outros nem tanto.
Caneladas
No contexto federal, as alfinetadas já começaram. O senador eleito por Santa Catarina, Jorge Seif, fez uma postagem um tanto enigmática esta semana.
Traidores?
Declarou, nas entrelinhas, que pode haver “bolsonaristas” traindo a causa. Seif, registre-se, esteve em Brasília nos últimos dias articulando em favor da candidatura de Rogério Marinho para a presidência do Senado.
Indignado
A interlocutores, o catarinense transpareceu uma boa dose de decepção ante o cenário encontrado na Câmara Alta. Deixou claro que eleitos na onda Bolsonaro de 2022 podem já estar na trincheira petista para reeleger Rodrigo Pacheco.
Dureza
O jogo é bruto. Não seria surpresa. Basta lembrar de Moisés da Silva, eleito em 2018 para o cargo máximo do Estado surfando a onda bolsonarista daquela eleição. Ato contínuo, o catarinense tomou outro rumo logo depois da eleição daquele ano.
Custou caro
Mas pagou um preço. Assim como foi eleito pela força do presidente há quatro anos, ele agora foi apeado do poder pelo mesmo movimento político, que tem grande penetração social.
Oposição
Moisés, aliás, já se movimenta para fortalecer o grupo que fará oposição a Jorginho Mello a partir de janeiro.
Costura
Ao assumir a presidência do Republicanos, o ainda governador estará se alinhando a segmentos políticos que visam a lançar o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, como candidato a governador em 2026.
Bloco
Moisés passará a pilotar a sigla em março de 2023. O mesmo grupo de apoio a Rodrigues se articula para assumir a presidência da Assembleia Legislativa no ano que vem. A conferir os desdobramentos.