Lula da Silva gastou uma hora e meia de seu precioso tempo conversando com outro ex-presidente, José Sarney. A imagem é emblemática. O Brasil real, aquele que não vive no universo paralelo e com leis próprias do mecanismo canhoto, conhece bem os dois.
O encontro ocorreu antes do jantar oferecido pelo notório Eunício Oliveira ao ex-mito petista, na noite de segunda-feira. Lá estava, entre outras figurinhas carimbadas, Renan Calheiros, que representa como ninguém a fina flor da política tupiniquim.
Outros “notórios” foram convidados, mas não apareceram. É o caso de Romero Jucá e Jader Barbalho. A senadora Kátia Abreu também não foi, assim como Flávio Arns, do Paraná, e Jorge Kajuru, de Goiás.
Ocorre que o descondenado Lula está sem partidos parceiros de expressão. Ao seu lado estão nanicos como PSOL, PV, PCdoB, talvez a tal Rede e por aí vai. O único partido médio até agora é o PSB, do neo-socialista Geraldo Alckmin.
MDB na terceira via
Registre-se, ainda, que só um milagre para levar o MDB de volta ao colo do PT. Também é importante lembrar que Jair Bolsonaro foi o único presidente que não fez acordo com o MDB para governar este país. Exilados como Eunício, Jader e Romero não têm outra alternativa a não ser manifestar apoio a Lula da Silva na esperança do retorno dos dias de bonança político-financeira para esta turma.
Por fim, e não menos importante, é o fato de que o MDB tem a senadora Simone Tebet, uma pessoa honrada, como pré-candidata a presidente! O grupo que apoia Tebet se articula com o União Brasil, o PSDB e o Podemos para apresentar-se como alternativa à polarização.
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