Depois da morte de Luiz Henrique da Silveira, Raimundo Colombo, naturalmente, passou a exercer o papel de líder maior da política Barriga-Verde. Seu futuro é um mistério, incógnita que deixa em suspenso todo o universo político-eleitoral do Estado.
A decisão que ele tomar (de renunciar ou não; e quando o fará) vai direcionar todo o contexto com vistas ao pleito de 2018. Senão vejamos. Se Colombo ficar no governo, por exemplo, o PMDB não vai assumir a cadeira mais estofada de Santa Catarina.
O próprio Eduardo Moreira ficará sem opção a não ser disputar alguma eleição. Pode até ser na majoritária, postulando o Senado, mas há quem aconselhe o vice a concorrer a deputado. Só para garantir.
Existe o risco de Moreira ter de enfrentar uma chapa com Esperidião Amin e Paulo Bauer à Câmara Alta. Ou, se Bauer encabeçar a chapa, Moreira pode ter pela frente uma composição com Amin e outro nome de densidade. Isso complicaria a vida do vice-governador. O PMDB é forte, mas Eduardo Moreira não tem histórico de grandes desempenhos nas urnas. Tampouco nas últimas eleições municipais em sua base política, a região de Criciúma.
Papel
Nas últimas três eleições de que participou, Eduardo Moreira foi coadjuvante. Candidato a vice. Se Raimundo Colombo renunciar, ele assume o governo. E aí, como será na campanha? O PSD estará longe do PMDB. Os dois com projetos distintos. Neste contexto, Moreira levará na boa ou vai pra cima de Raimundo Colombo? Sem sombra de dúvidas, a decisão do governador será basilar, mexendo em todo o tabuleiro pré-eleitoral.
Inclinação
Ninguém sabe se Colombo vai ou não renunciar. Talvez nem ele mesmo. Caso ele decida deixar o Centro Administrativo, uma coisa é certa. Só entregará a caneta a Eduardo Moreira no limite do prazo fatal, que é a primeira semana de abril de 2018.
Desejo pessoal
O governador gostaria de voltar ao Senado. Reúne todas as condições para tal, porém, está observando as condições políticas do processo. Hoje, não há uma definição. Existe a inclinação, a tendência e a vontade pessoal por parte de Raimundo Colombo. Ponto.
Balançando
Jornalista Mauricio Lima, da coluna Radar, publicada na Revista Veja, divulgou nota, sinalizando que o catarinense Vinícius Lummertz pode ser exonerado da presidência da Embratur. Seria uma retaliação ao voto de Mauro Mariani, que posicionou-se pelo prosseguimento da segunda denúncia de Janto contra Temer, pegando o Planalto, os colegas de bancada e o PMDB catarinense de surpresa. Segundo Lima, o clima na autarquia “é péssimo.” Tuffi Michreff Neto, que ocupava a diretoria de Gestão Interna da Embratur, já foi demitido. Era da cota de Mariani, assim como o próprio Vinícius Lummertz.
Aldo estabilizado
Vice-presidente da Alesc, Aldo Schneider, fez cirurgia para a tirada de um tumor na coluna cervical entre a quinta e sexta vértebra. Está fazendo quimioterapia e radioterapia. O boletim médico de quarta-feira, dia 1, informa que o tratamento está dando muito certo e que, após realizar vários exames, ficou constatado que o câncer está estabilizado, deixando a equipe médica muito satisfeita com os resultados.