Coluna do dia

Declarações estapafúrdias

Seguem repercutindo as declarações recentes do titular da Fazenda de Santa Catarina, Paulo Eli. A mais bombástica foi a afirmação de que o estado não precisa disponibilizar o auxílio emergencial pois, de acordo com a percepção dele, vivemos situação de pleno emprego.
Se olharmos para a indústria e boa parte do comércio, estamos numa situação absolutamente privilegiada.
Só que faltou, ao czar da economia Barriga-Verde, ungido a esta condição em 2018 pelas mão de Eduardo Moreira e depois preservado no posto com a ascensão de Moisés da Silva, lembrar do setor de turismo e eventos, assim como comerciantes da área de bares e restaurantes.
Oras. Há pleno emprego quando o assunto é formal. Só que a informalidade só faz crescer em várias atividades. Está tudo tranquilo com as pessoas destas áreas, além de microempreendedores e os informais, secretário? Obviamente que não. O desemprego ataca sem dó nem piedade e as possibilidades de atuação de ambulantes, feirantes, garçons, etc, são restritas dia sim e outro também.

Angústia
O titular da Fazenda precisa ter sobriedade, sensibilidade e calibrar bem suas declarações.
Uma fala estapafúrdia como essa só gera revolta e mais angústia entre cidadãos que já estão no seu limite.

Calado é um poeta
Ah, mas o ICMS está batendo recordes. Verdade, mas e o crédito? Segue restrito, de muito difícil acesso. Não se vê a facilitação ou a criação de novas linhas para atender a população que está ao desabrigo neste quadro social delicadíssimo. Definitivamente, Paulo Eli perdeu uma belíssima oportunidade de ficar calado.

Economia
A Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia da Assembleia Legislativa recebe, na quarta-feira (24), representantes da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC). A reunião será às 17 horas.

Aguiar e Breithaupt
De acordo com o presidente da comissão, deputado Jair Miotto (PSC), são esperados o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, e o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt. Os dois foram convidados pelos membros do colegiado para apresentarem um panorama da indústria e do comércio de Santa Catarina diante do agravamento da pandemia da Covid-19.

Milho
Com ou sem pandemia, há questões que seguem na pauta como problemas crônicos que podem gerar crises sociais e econômicas. Os estoques de milho que abastecem o agronegócio catarinense estão sempre neste diapasão, um equilíbrio delicado entre demanda, abastecimento e preços. Esta semana, Moisés da Silva e o secretário da Agricultura, Altair Silva, estiveram com a ministra Tereza Cristina, da Agricultura.

Conta não fecha
Segundo o último Relatório de Disponibilização de Estoques, referente ao período de 16 a 31 de março, a Conab possui 600 toneladas estocadas em armazéns de Campos Novos e Braço do Norte. Sendo que o consumo do agronegócio catarinense é de 19 mil toneladas por dia – 31 vezes mais do que o disponível para a compra.

Apelo
“Nós precisamos desse milho. Reconhecemos o esforço da Conab, mas nosso consumo é muito grande devido à operação das nossas agroindústrias. Seguimos pedindo uma sensibilidade máxima da Companhia em relação a Santa Catarina”, contextualizou o secretário adjunto da Agricultura, Ricardo Miotto.

Perda
Vice-presidente regional Sul da Facisc, Jaime Pacheco Alves, faleceu ontem. Jaime estava internado desde a última semana por complicações da Covid-19. Empresário de Imbituba, ele foi eleito para o cargo institucional em 29 de julho de 2020.

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