Tem chamado atenção as discussões acaloradas na Assembleia Legislativa sobre os projetos de lei da Defensoria Pública que lá tramitam essa semana.
O fogo cerrado se centra numa pretensa verba indenizatória de cumulação no valor de 9 mil reais aos membros, paralelo a um projeto de aumento de subsídio de 12 mil reais, enquanto aos servidores da Casa nem mesmo a reposição inflacionária do período é ofertada.
No entanto, enquanto a discussão se centra na incongruência a respeito de valores entre membros e servidores, tem ainda um terceiro projeto, que prevê a criação de 30 cargos comissionados de livre nomeação, onde os bastidores revelam que tem deputado de olho na indicação desses cargos. Fato que talvez explique a sanha de Marcos Vieira (PSDB) que se vende como uma espécie de “embaixador” da Defensoria Pública na ALESC.
Ocorre que o atual Defensor Geral, Renan Soares, sai em 16 de setembro, e assume seu opositor, primeiro colocado na eleição realizada em junho. A propósito, nomeado pelo governador Jorginho Mello, que não tem nada a ver com possíveis acertos políticos de Soares com eventuais parlamentares.
Nesse contexto, a Defensoria Pública pode estar também sendo usada como uma espécie de inocente útil, para alguns deputados oposicionistas pressionarem o governador Jorginho Mello em projetos que venham do Centro Admnistrativo, uma vez que os projetos da Defensoria aportam na ALESC exclusivamente pela iniciativa, prevista em lei, de seu Defensor Geral.
Vamos aguardar os desdobramentos.
foto>Vicente Schmitt, Ag. Alesc