Democracia às avessas
Curiosa a cena que temos assistido no Brasil nos últimos dias. O presidente da República reapareceu publicamente, voltou a dar expediente e a participar de evento público. Mas segue, contudo, sem proferir uma palavra sequer. Os manifestantes continuam nas ruas, no asfalto, na expectativa de alguma medida que possa restabelecer o estado democrático de direito, o que não tem sido suficiente para arrancar um posicionamento de Jair Bolsonaro.
Já os que votaram em Lula da Silva também começam a ficar inquietos. Há uma semana que não se houve uma colocação do presidente eleito, que estava com a metralhadora comunista mais do que azeitada desde 30 de outubro. Durou até ele ser submetido a um pequeno procedimento na laringe domingo retrasado. Foi um desdobramento da cirurgia a que o ex-mito se submeteu há 10 anos. Não se ouviu mais a voz “doce”, “suave” do presidente eleito.
Alexandre de Moraes também parece ter mergulhado. O que não faltam em sua conta são sentenças absurdas, arbitrárias e sem qualquer base jurídica. Como os 22,9 milhões de multa aplicada ao PL por ter, dentro do seu mais legítimo e absoluto direito, ter apresentado, conforme todos os parâmetros legais, um questionamento à Justiça Eleitoral. O partido não viu qualquer encaminhamento sobre sua petição. Pelo contrário. Foi acusado de litigância de má fé.
Tiro no pé
No Brasil de Moraes, recorrer à Justiça pode ser um grande risco como bem experimentam os dirigentes do Partido Liberal. Vejam só a que ponto chegamos na “democracia” deste país.
Tripé
Essas três personalidades, o atual presidente, o eleito pelas urnas e o ditador da toga, não se manifestam. E o país, a cada dia mais perplexo, atônito. A sociedade não sabe para onde o Brasil vai rumar.
Calendário
Estamos chegando em dezembro de 2022. A semana não termina sem entrarmos no novo mês. Como vai ficar? Está valendo o resultado eleitoral? É isso mesmo? As eleições foram limpas, marcadas pela lisura, tivemos problema ou não?
Sete chaves
O Código Fonte não é liberado pelo TSE. Mas qual o problema? Ao evitar a transparência sobre esse elemento-chave do processo eleitoral, o tribunal lança suspeição sobre ele mesmo e tudo o que ocorreu durante a campanha e a votação. Essa que é grande verdade. Houve alguma incongruência nas eleições?
Questionou é punido
E por que Moraes, ao multar o PL em R$ 22,9 milhões, recusou a averiguação extraordinária de 279 mil urnas, o equivalente a quase 60% delas. Qual a dificuldade em se aferir, averiguar?
Muito estranhos
Definitivamente, como diria um ministro aposentado do STF, “tempos estranhos.”
Em tempo
Já faz tempo que não temos democracia. Agora é esquerdocracia ou perseguição, multa, censura até prisão. Brave New World.
Inaudível
O “noticiário” das assessorias de imprensa e de marketing da Organização davam conta de que o presidente que saiu das urnas havia chegada em Brasília no domingo à noite para articular a tal PEC da gastança nesta semana decisiva. O calendário joga contra a farra pretendida. Alguém pode ter visto ele, mas até o fechamento da edição, ainda não tínhamos ouvido aquela voz.