Jornal associou impropriamente a imagem de Júlia Zanatta (PL) aos atos criminosos de 8 de janeiro, ocorridos em Brasília
O jornal on-line The Intercept Brasil tem até 10 de fevereiro para desvincular a imagem de Júlia Zanatta — deputada federal pelo Partido Liberal de Santa Catarina (PL-SC) — dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF). Assim decidiu liminarmente a Justiça, que apontou prejuízos morais à representante catarinense no Congresso, em matéria e publicações digitais.
Em janeiro, Júlia Zanatta processou o veículo por aparecer em reportagem intitulada “Veja quem são os 46 deputados federais que defenderam ou minimizaram o terrorismo em Brasília”. Dentre vários rostos, o da parlamentar foi associado indevidamente ao vandalismo, sem apresentação de provas.
Segundo Zanatta, a atitude do jornal era danosa à sua imagem, já que sempre defendeu rigorosa punição da criminalidade e que “não há qualquer ligação do seu nome com algum fato que lhe impute ato criminoso”. Além da matéria, duas postagens no Twitter a acusavam de compor uma “Bancada do Terrorismo”, na época acumulando 270 mil visualizações.
A Justiça foi favorável à deputada federal, informando que as publicações do jornal atingiam a honra, a boa fama e a respeitabilidade de Zanatta. Caso The Intercept Brasil não remova a imagem da parlamentar de seus canais de divulgação, dentro do prazo de dois dias, terá que pagar multa diária por descumprimento do tribunal.