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Deputado catarinense integra comitiva que discute participação do agro brasileiro na COP 30 com Ministro Fávaro

O deputado federal catarinense Pezenti (MDB), que assumirá nos próximos dias o cargo de Diretor de Meio Ambiente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), participou nesta segunda-feira (03) de uma reunião com o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O encontro reuniu deputados e senadores para alinhar a participação do setor agropecuário brasileiro na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada no Brasil, de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA).

Para Pezenti, a COP 30 representa uma oportunidade única para o país. “Os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil e para nossas questões ambientais. Será uma excelente chance de mostrar que temos uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta e que a agricultura é a atividade que mais preserva o meio ambiente”, destacou.

Durante a reunião, foram traçadas as primeiras diretrizes para a participação do agro brasileiro no evento, reforçando a importância do setor na agenda ambiental global. “Precisamos combater mitos e discursos radicais que espalham inverdades sobre a produção agropecuária e os produtores rurais brasileiros”, afirmou Pezenti.

O Ministro Carlos Fávaro garantiu que “ninguém virá ao Brasil para falar mal da agropecuária brasileira” e assegurou que o Ministério da Agricultura adotará uma postura firme nesse sentido.

A reunião também destacou temas essenciais para a agenda climática, como o pagamento por serviços ambientais (PSA) e a recuperação de pastagens degradadas. Segundo Carlos Augustin, assessor especial do ministério, é fundamental que a preservação ambiental seja monetizada, seja por meio do PSA ou da comercialização de créditos de carbono.

“Já ouvimos muita conversa fiada nas últimas COPs. Não é possível que países poluidores, que vivem do petróleo e estão cheios de dinheiro, nunca tenham pago impostos pela fumaça que produzem e ainda assim não contribuam para a agenda climática”, criticou Augustin. “O mundo precisa definir quem paga, quem recebe e qual é o valor, ou todos sofreremos as consequências.”

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressaltou a importância de apresentar as tecnologias sustentáveis já adotadas pelo agronegócio brasileiro, além de mapear desafios em diferentes biomas e desenvolver projetos capazes de atrair investimentos internacionais durante a COP 30.

Até novembro, sete eventos preparatórios serão realizados para reunir essas informações. “Queremos selecionar projetos viáveis para financiamento, promovendo uma agricultura resiliente às mudanças climáticas”, afirmou Massruhá. Além disso, a Embrapa planeja criar uma “Casa Agro” em Belém, onde serão apresentados sistemas agroflorestais e soluções tecnológicas do setor a visitantes e representantes internacionais.

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