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Deputado Daniel Freitas protocola projeto de lei para quebrar sigilo dos gastos de Janja

Os trabalhos já começaram pegando fogo em Brasília. Além das escolhas dos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, o deputado federal catarinense Daniel Freitas (PL-SC) protocolou um projeto de lei que propõe criar normativas para as atividades do ofício de primeira-dama em nosso país. O projeto especifica as obrigações, proibições e transparências que a primeira-dama deverá seguir.

Segundo trechos do texto, a primeira-dama não poderá representar oficialmente o governo federal em eventos internacionais ou nacionais, nem exercer funções políticas ou administrativas dentro da estrutura do governo. Também fica expressamente vedada a utilização de recursos públicos para despesas de natureza pessoal da primeira-dama, incluindo vestuário, viagens de caráter privado, mobiliário e reformas residenciais que não sejam estritamente necessárias ao patrimônio público.

Já sobre as atividades que a primeira-dama poderá desenvolver, o projeto sugere, por exemplo, que ela deverá apenas promover trabalhos sociais destinados àqueles que vivem em vulnerabilidade social; promover projetos sociais destinados àqueles que vivem com enfermidades raras; promover projetos sociais destinados a jovens e crianças para mantê-los afastados do crime organizado; apoiar iniciativas que edifiquem a cidadania, a caridade e a humanidade, entre outros.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF), por exemplo, destacou-se nacionalmente por seus trabalhos sociais. O “Pátria Voluntária”, programa criado na gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), chefiado por ela, auxiliou diversos brasileiros em vulnerabilidade.
Desta forma, para executar tais ações com os mais necessitados, o projeto estipula um teto máximo de verba. Tendo como referência a LOA (Lei Orçamentária Administrativa) de 2025, por exemplo, este valor ficaria em torno de apenas R$ 400 mil por ano, ou, 0,01% do orçamento destinado à presidência da República. Entretanto, a primeira-dama deverá prestar contas anualmente ao Congresso Nacional, em audiência pública perante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, sobre o uso de recursos públicos para suas atividades. Os gastos realizados com cartões corporativos da Presidência da República, quando utilizados para despesas da primeira-dama, deverão ser discriminados nominalmente e publicados no Portal da Transparência, vedado o sigilo administrativo para tais despesas. A presidência da República também ficará obrigada a publicar, mensalmente, relatórios detalhados sobre os gastos públicos realizados pela primeira-dama, incluindo a descrição, valor, data e a finalidade do gasto.

“Este projeto não possui nenhum caráter persecutório ou viés político. Apenas estou cumprindo com meu papel de legislador e defendendo os interesses do povo brasileiro, que trabalha muito para pagar os impostos mais caros do planeta. Ninguém aguenta mais a falta de transparência sobre o que a esposa do presidente está fazendo ou gastando, tudo fica sob sigilo. Os trabalhos de uma primeira-dama são muito nobres e, quando feitos com responsabilidade e amor, como no caso da Michelle Bolsonaro quando foi nossa primeira-dama, evidencia-se a importância deste ofício. Proponho neste projeto que tragamos mais transparência para a população e ressuscitemos a dignidade deste cargo tão relevante principalmente para os que mais precisam”, afirmou Freitas.

O deputado a partir de agora trabalha nos bastidores de Brasília para conseguir apoio ao seu projeto e dar celeridade nos trâmites. Se aprovada, a lei entra em vigor na data de sua publicação.

foto>divulgação

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