Antídio Lunelli defendeu que a classe política se aproxime mais da realidade das pessoas
O deputado estadual, empresário e ex-prefeito de Jaraguá do sul, Antídio Lunelli (MDB), fez um discurso empolgado na sua estreia na tribuna da Assembleia Legislativa. Um dos temas que o parlamentar abordou foi o possível radicalismo de parte do eleitorado catarinense. Segundo ele, o que existe é um enorme descontentamento da sociedade com a política tradicional, sentimento que deve ser melhor compreendido.
“Um grande número de pessoas não se vê representado. A classe política precisa adotar uma postura mais clara, menos coorporativa e de mais espírito público. Precisamos falar menos de cargos e indicações e mais em soluções para o contribuinte que está cada vez mais sufocado com tantas taxas e impostos”, defendeu.
Crítico da ineficiência pública, Lunelli voltou a dizer que o poder público cobra muito e entrega muito pouco em contrapartida.
Contou também um pouco da sua experiência como empreendedor. Há 41 anos, fundou a Lunelli na garagem da casa de familiares. Hoje, a empresa tem cerca de 5 mil colaboradores. “Por muitos anos, trabalhei 16 horas por dia. Produzia, faturava, vendia. Passava noites em claro pensando em como levar o negócio adiante com a mão pesada do Estado dificultando”.
O empresário lembrou que quando uma empresa fecha suas portas, são trabalhadores, pais e mães de famílias que ficam desempregados.
Pré-candidatura ao governo do Estado citada
Lunelli lembrou também sua pré-candidatura ao governo do Estado, que acabou barrada pelo MDB que preferiu entrar no projeto de reeleição do então governador Carlos Moisés. “Percorri o Estado inteiro e fiquei chocado com certas situações. Os agricultores, por exemplo, sofrem com estradas precárias, sofrem com falta de energia trifásica, uma coisa básica. Não podemos achar isso natural”, convocou.
Antes de finalizar, deu um recado que pode ser interpretado como uma crítica ao modelo de gestão defendido pelo PT.
“O Estado não foi criado para administrar atividades econômicas que podem ser geridas e desempenhadas de maneira mais eficiente pelo setor privado. E podem ter certeza que nunca haverá imposto suficiente para bancar governos sem visão de gestão e sem respeito ao dinheiro arrecadado dos contribuintes”.