O deputado estadual Ivan Naatz (PL), que foi alvo de repúdio de entidade que representa os oficiais da Polícia Militar em todo o país em função de um post em suas redes sociais, reagiu (veja em https://www.blogdoprisco.com.br/entidade-de-oficiais-militares-repudia-post-de-deputado-estadual/). Confira a posição do parlamentar.
“A Associação de oficiais da PolÍcia Militar de SC está reagindo a postagem que fiz nas minhas redes sociais , neste fim de semana, fazendo um reflexão entre o fato dos praças morrerem em combate e serem os que recebem os menores salários na corporação. Uma alusão entre a distância que há entre eles e o oficialato.
O texto traz profunda reflexão sobre a inversão de valores que existe entre as diversas patentes da corporação.
A PM é uma única farda, num único propósito defender a lei e as pessoas de bem. Porém, nem todas as patentes recebem um tratamento justo.
Como corpo único, a PMSC precisa trabalhar em equivalência salarial, em condições de trabalho e igualdade social. Isso não tem nenhuma relação com a respeitada hierarquia militar, tem com dignidade, com respeito ao trabalho e sua remuneração.
Quem está na linha de frente, quem se fere psicológica e fisicamente é quem tem os menores salários. Isso é uma realidade inquestionável.
As baixas pela depressão e os suicídios representam nas patentes inferiores uma realidade cada vez mais presente.
Ano passado lutamos juntos pela reposição linear, não recebemos apoio das demais patentes. O resultado foi: quem ganha mais acabou ganhando mais ainda, quem ganha menos acabou ganhando menos ainda.
Precisamos lutar todos os dias pela realidade da lei No 254 para diminuir distâncias. Meu mandato está à disposição da Polícia Militar, da luta por melhores condições de trabalho e respeito aos praças.
A nota trouxe aos catarinenses (num momento triste é verdade) uma realidade social. Não teve a intenção de ferir, mas de chamar a atenção para um grave problema que é a baixa remuneração daquele que está no dia a dia combatendo a criminalidade e sendo morta por ela.
No mundo, por vezes a morte de alguém, se transforma num símbolo de luta e resistência.”