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Deputados criticam Ideli e exaltam trajetória da Udesc no Oeste

Representantes do PL e do PP criticaram a ex-senadora Ideli Salvatti por relacionar Santa Catarina com células neonazistas, enquanto integrante do PT exaltou o papel da Udesc no Oeste na sessão de terça-feira (26) da Assembleia Legislativa.

“Vejam a fala dessa senhora que infelizmente foi senadora, foi deputada estadual e prestou um desserviço muito grande para o estado. Graças a Deus este estado nunca foi governado pelo PT. O único estado com nome de mulher e ter de ouvir uma mulher falar essas coisas”, disparou Massocco (PL), referindo-se à associação feita por Ideli Salvatti entre células neonazistas e Santa Catarina.

Altair Silva (PP) e Soratto (PL) apoiaram a repreensão de Massocco, que chegou a sugerir que Ideli fosse considerada persona non grata no estado barriga-verde.

“A ex-senadora não é natural de Santa Catarina e veio através da fala ofender o povo catarinense, porque a única célula que existe de verdade e que conheço é a célula do MST, que invade propriedades. Aqui não existem células neonazistas como a ex-senadora se refere”, garantiu Altair.

“Acredito que a ex-senadora deve explicações ao povo catarinense, precisamos que diga onde estão essas células nazistas”, avaliou Soratto, aludindo ao conhecimento dos agentes policiais de Santa Catarina que vigiam as redes sociais atrás de neonazistas que influenciam adolescentes a cometer assassinatos em massa nas escolas.

Por outro lado, Luciane Carminatti (PT) comemorou em Plenário os 20 anos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) no Oeste.

“Há 20 anos fomos contemplados com a instalação da Udesc, em Chapecó. Na época eu era secretária de Educação em Chapecó e o sonho era que a Udesc passasse a ponte e chegasse no interior e a nossa Udesc chegou”, relatou Carminatti, que lembrou do esforço do então reitor, professor José Carlos Cechinel, e do professor Antonio Leopoldino.

A deputada destacou a expansão da Udesc para Pinhalzinho, agora como entidade certificadora da qualidade do leite produzido na região, através do Laboratório do Leite.

“Nada melhor que uma instituição de ensino fazer esse trabalho de certificação”, elogiou Carminatti, que defendeu a expansão da universidade com a criação de novos cursos e a implantação de um refeitório.

Multas de maquinário agrícola
Altair Silva criticou a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) por multar maquinários agrícolas quando transitam em rodovias sem a necessária sinalização. O deputado leu na tribuna carta de uma filha de agricultor de Chapecó que foi multado duas vezes nos últimos dias.

“Estamos cansados de pagar multas cada vez que passamos com nossas máquinas em vias públicas para se deslocar de uma lavoura para outra. A PMRv nos multou e a mesma história acontece com nossos vizinhos sempre que passamos pela rodovia”, leu Altair.

O deputado revelou que as multas ocorreram na SC-480, no distrito de Marechal Bormann, em Chapecó.

“Foi construído um dos melhores centros para a PMRv trabalhar na região do distrito de Bormann. No comando anterior tinha um diálogo maior, mas com o atual comando a prática é de multar e penalizar. Que o Congresso Nacional reveja a lei e que as multas sejam revistas”, apelou o representante de Chapecó.

Motoristas de aplicativos
Soratto lamentou a tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília, de projeto de lei de origem governamental que regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativos.

“Cerca de 700 mil brasileiros e brasileiras estão ameaçados por um projeto de lei que visa tirar a liberdade deles, colocar jornada de trabalho e valores mínimos a serem pagos. Só vai prejudicar a vida desses profissionais. Tira a liberdade ao colocar uma jornada mínima de oito horas e máxima de 12 horas. É uma atividade complementar, se limitar o tempo que o profissional vai utilizar, vai impedir que possa trabalhar e melhorar a renda familiar”, argumentou Soratto.

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